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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O tempo cura (quase) tudo

Meia década depois casualmente eles se encontram. Foram cinco anos, sessenta meses, mil oitocentos e vinte e cinco dias, quinhentas e vinte e cinco mil e seiscentas horas e milhares de minutos (para não precisar fazer a conta). Foram poucas notícias, nenhuma palavra trocada e nenhum contato cordial. Primeiramente a surpresa. Ambos sozinhos e perdidos na noite. Ambos com casamentos desfeitos e muitas outras bagagens. O ar fica denso. Os sorrisos são nervosos. A tensão fica no ar. Os amigos em comum gaguejam. No ápice do que parecia constrangimento, é quebrado o gelo: “olá, que saudade que estava de ti!” Ele não sabe o que faz. Ela toma a frente. Abraçam-se. O respeito impera entre o dois. O contato é breve. Cada um retorna ao seu campo. Segue a noite, como deveria ser. Aumenta a música e o teor alcoólico, com a desculpa de tomar coragem. Quando a banda termina ambos se encontram na área descriminada aos fumantes. Ele não resiste de sentar junto dela. Ela baixa a guarda e aceita. Seguindo uma conversa tensa e estranha eles começam a trocar algumas palavras. Perguntam mutuamente como está à vida, os planos e o que têm feito. Ela reside num estado diferente do dele. O encontro acontece devido às férias de ambos. Algumas palavras depois, uma suave e agradável lavação de roupa suja começa. As risadas tomam conta do ambiente. O ar não está mais denso. O que era cinza ficou colorido. Os amigos aprovam o dialogo de longe. E a noite segue, de forma agradável e gratificante. Ela explica antigas duvidas. Ele expõe velhas mágoas. E ambos acham tudo graça. A bebida não pára de vir para a mesa. Ela atira, ele recolhe. Ainda tem medo. Ela entende. Mais tarde ele avança a linha, ela sorri e recua. E o clima segue mais agradável do que nunca. As mágoas parecem não ter mais importância. O contato está tão agradável que o mundo simplesmente pára de girar. Só existe aquela mesa, aqueles dois e aquele bar que era tão comum para ambos. Infelizmente é chegada a hora de ir embora. O respeito toma conta dos dois. Aparece a dúvida no ar. "Vamos juntos?" "Para onde?" "Só por hoje?" Ambos não querem se despedir. Mas nenhum deles ousa. Abraçam-se num longo e macio abraço. Ele beija o rosto dela com ternura. Ela joga o último charme. Despedem-se. Os carros estão na mesma rua, para o mesmo lado. Aumenta a tensão. Abraçam-se de novo, num abraço cada vez mais longo. Ele foge, ela foge. Cada qual entra em seu carro. Um último sorriso. Ela levou junto consigo a ternura incondicional dele. Ele levou aquele perfume que o assombrou por tantos anos. Ambos concordaram que o tempo cura quase tudo. Só não curou o que ambos sentem e não conseguem mais compartilhar.



PS: Escrevi isso com essa trilha sonora:

http://www.youtube.com/watch?v=SmVAWKfJ4Go&feature=related

Johnny Cash foi "o cara".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Na sala de espera


Com uma calma de cordilheira ela espera
Passa os olhos sobre palavras que nem lê
Viaja pelo tempo, senti a temperatura
Que se passa nas tuas idéias, mulher da sala de espera?

Que pensamentos fervilham em tua cabeça?
Por quais lugares teus pés beijaram o solo?
Qualquer manifestação, assim quase imploro,
Da mulher da sala de espera.

Quantos papéis já gastastes para registrar tuas memórias?
Ou será que queres o dom de esquecer.
Talvez, referindo-me ao incerto, nem sabes qual a intenção
Que tem a mulher da sala de espera,
com olhos cheios de razão.

No partir, dirigiste um olhar inquisitório a mim
Deixando-me assim com mais dúvidas.
Aonde vais mulher da sala de espera?

Nas ruas, nos guetos, na noite,
depois dela,
Em qualquer esquina que viro o inesperado me espera pacientemente.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Perdão: alívio ou sentença?

Vou exercitar um pouco meu poder de síntese ao falar sobre o ato de perdoar. Aquele ato quase “divino”, louvável, admirável e cristão. Mas enfim, o que é perdoar? Será uma forma de aliviar a alma? De dar uma segunda chance a alguém? Ou ainda será uma forma inquisitória de impor a outra pessoa que sua alma é mais nobre que a dela? Talvez seja um pouco de cada coisa. Ou ainda nenhuma delas. Talvez o perdão nem exista. Mas falemos um pouco de perdão.

Para ilustrar o perdão na minha humilde perspectiva, vou começar com um perdão canônico. Aquele perdão de igreja, do padre, aquele de confessionário (para quem não sabe não estou me referindo ao espaço do BBB). Esse perdão nada mais é do que uma forma de impor a própria grandeza de quem o pratica. “Eu te perdoou”, nesse caso, poderia ser dito da seguinte forma: “Eu sou melhor que você e não tem nada que possa fazer que irá me atingir. Meus valores são grandezas diferentes das tuas e muito superiores. Por isso ainda te dirijo a palavra.” Pareceu forte demais? Mas é isso mesmo. Nesse caso exemplos históricos não faltam. E tampouco faltam ao cotidiano. “Pedir” perdão a alguém que trata o ato dessa forma nada mais é do que se rebaixar a algo muito abaixo da humildade necessária a cada pessoa. É o tipo de perdão mais desprezível que existe.

Para não sairmos da linha, sigo falando de outro tipo de perdão. Aquele da segunda chance. Acho esse fantástico. Ocorre da seguinte forma o fenômeno: “Juro nunca mais fazer isso!” “Vou mudar, vou ser diferente!” “Dessa vez, Sr. Paulo Odone, o Ronaldinho é do Grêmio!”. Desculpe o linguajar, mas esse é de foder o cu do palhaço. Tenho vontade de sair na porrada com quem pede esse tipo de desculpas. E devo dizer também, nunca esperem esse tipo de frase de mim. Esse é um tipo de “perdão” desrespeitoso a inteligência de qualquer um. Pessoas que fazem pilares nas próprias palavras não são pessoas confiáveis ou dignas de deposito de confiança. Creio eu, na humilde opinião de novo, que a única maneira de “pedir perdão” nesses casos é algum tipo de ação que mostre que hoje existe uma atitude diferente. Todos podem mudar, mas não são as palavras que afiançam isso.

Para finalizar, se assim alguém interpretar, vou ser direto. Sim, sou cheio de “ódio” a algumas pessoas. Não existe perdão da minha parte. Perdoar algumas pessoas é ser mais cretino com elas do que as mesmas foram ao “errar”. Não existe ilusão de melhora. O respeito que alguém demonstra, ou a própria dita gratidão ou consideração (para não dizer ingratidão e “te fode mané”), é exatamente o valor que tu tens para a pessoa que assim te machuca. Não há desculpas para isso. Há a distancia, a indiferença e até o próprio desprezo (se ainda existir um rancor direto). São os sentimentos mais sinceros a serem aplicados. O resto é bla bla bla. Me orgulho da condição humana que exerço. Existem casos que realmente não merecem o menor crédito. E pior, não espero jamais (e torço para isso) que concedam a minha pessoa um “privilégio” tão venenoso.

E assim posso dizer: “I did it my way”, só que com sinceridade.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Imagens de uma traição






Traidores!!! Ficam as imagens para não esquecermos jamais!!!
Não tem perdão!!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vivien Leigh






Fotos da atriz mais linda que o cinema já teve. Sempre "Scarlett O'Hara".