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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Destinatário




Se por acaso tu (e sabes quem é) estiveres lendo esse blog.
Sem mais a dizer,
André.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Doses de realidade em tempos modernos

O que é um poema de amor senão o desamor completo?
A melancolia de um calor no peito,
Um frio na barriga,
A estória inacabada,
Ainda que unilateralmente.

O que é um poema de amor senão um hino a solidão?
Um cântico solitário.
Tal qual o tolo lobo que uiva para a lua,
astro intocável,
Em vão.

O que mais pode ser um poema de amor senão palavras de saudade
Aquelas que enumeram dias sempre no mesmo assunto
Sentindo-se o ser insuportável
De tanto refletir sobre o que não necessita mais de reflexão.

Uma náusea, uma pontada,
Um ferimento pelo fio da própria espada,
posta ao uso, de quem por fim,
só quis amar.

A modernidade dos tempos coloca o amor como estrada para a eterna solidão.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Qual é o teu pastel?

Uma das coisas boas de ficar mais velho é que podemos admitir que existem outras coisas fenomenais além do sexo. Explico melhor. Nas conversas de homem, aquelas conversas de bar, existe uma lei universal: nada é melhor que sexo. Pois bem, durante muito tempo para não passar de babaca damos fiança a tal lei, mas depois de alguns anos de existência ampliamos nossos horizontes com mais confiança. E uma coisa posso dizer: dependendo o momento, nada pode ser melhor no mundo que um bom pastel.

Sabe aqueles pastéis “nojentos”, com gordura pingando? São esses a que me refiro. Como já diria o Luiz Fernando Verrissimo, “quanto mais chulé e feio parecer o lugar por fora melhor será o seu pastel”. É a mais pura verdade. Pastel de beira de estrada é o luxo, um verdadeiro colosso. Quando viajo para tocar chego a chorar pelo canto da boca de imaginar que vou descobrir uma nova espelunca que tenha um maravilhoso pastel banhento. Se você entrar no lugar e já sentir o cheiro da banha velha então? Tirou a sorte grande. O pastel será magnífico. Se dentro do estabelecimento tiver moscas? Nossa, o pastel é puro glamour! Mas agora, se você entrar no boteco e ver uma senhora gorda, com as mão mais gordas que você já viu na vida, usando meias kandell, velha, feia (requisito muito importante) e essa mesma estiver fazendo um pastel caseiro... Meu amigo, colosso, fenomenal, estupendo e descomunal são adjetivos falhos para o sabor da jóia de pastel que irá degustar.

E tem outra coisa sobre o pastel. O pastel é um elo de socialização de todas as classes econômicas. Como moro em Novo Hamburgo, já vi inúmeras vezes aquelas “pseudos jovens peruas” saindo de baladas podres de tão chiques, com alguns “mils” de roupa parar nas bancas da Pedro Adams e gritarem: “Bigode, me dá um pastel!” Ta vendo? Depois ficam ali, devorando seus maravilhosos pasteis gordurentos na companhia de cachorros sarnentos, bêbados, putas, travestis e o que elas acham pior: trabalhadores! Essa é uma cena de socialização magnífica. Todos são iguais com um pastel nas mãos. É o ponto comum entre todos nesse momento. Todos se rendem aos encantos de um pastel delicioso feito com péssimos hábitos de higiene.

Contudo tem algo que me deixa preocupado. As grifes de pastel. Perto da minha casa tem uma dessas grifes. O pastel passou a ser uma coisa “fina”. Com um ambiente refinado, limpo (!!!), cheiroso (não se sente o cheiro da maravilhosa banha fervilhando) e somente com gente bonita e elegante. Isso está errado! Não tem graça ir comer um pastel e não ter um bêbado no balcão dando um discurso marxista. Não tem graça ir comer um pastel e não sair fedendo a gordura! E mais, quem faz o pastel tem que ser feio! Tem que ser um bigodudo com sebo no bigode. Tem que ser uma gorda com cabelos engordurados! Essa é a regra do bom pastel! Mas tem algo ainda muito pior: o pastel de grife, (com menininhas bonitinhas atendendo vestidas com uniformes impecáveis), é maravilhoso. Será o fim do pastel “roots” de beira de estrada?

- Ta Dé, mas qual é o teu pastel?
- O meu? Aquele que é preparado por uma “mama” gorda e mais cheio de gordura possível.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Cafona

http://www.youtube.com/watch?v=lRbee1HGzXA&feature=related

Porque hoje eu acordei cafona. Talvez apaixonado. Talvez ambos.
Mas que é uma bela música é.