tag:blogger.com,1999:blog-45776932062936759942024-02-22T11:36:56.536-08:00Coisas do ScheidAndré Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comBlogger92125tag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-16444712000181015892012-08-11T21:09:00.001-07:002012-08-11T21:09:27.108-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<br />André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-51865878193622228412012-08-10T10:10:00.002-07:002012-08-10T10:10:59.078-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://3.gvt0.com/vi/TF_0t6-_P5c/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TF_0t6-_P5c&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/TF_0t6-_P5c&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
Comercial próprio. :)André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-23965417701644297692011-12-21T12:39:00.000-08:002011-12-21T12:39:36.857-08:00Minha mensagem de final de ano<div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sugiro frente ao tão festejado período do ano, que sigamos a idéia de todos os comerciais de televisão ou quaisquer outros que vinculem na mídia que tanto invade nossas casas. Sugiro que nos permitamos sonhar. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E nesse mundo de sonhos, de comerciais de finais de anos, as pessoas seriam consideradas belas cada qual com a sua particularidade. Não haveria mais padrões de beleza e o silicone não seria mais um assessório estético. Os anabolizantes não seriam mais vendidos no mercado negro, pois ninguém deixaria de ser aceito por ter um pneuzinho a mais. As mulheres voltariam a expor sua beleza através da fragilidade, e os homens enfim entenderiam que a TPM passa. A Ana Maria Braga deixaria de falar com um papagaio enquanto cozinha. Ela encheria sua cozinha de crianças órfãs e falaria com as mesmas enquanto no forno estivessem assando muitos biscoitos coloridos. Os jogadores de futebol brasileiros não iam mais se preocupar com penteados ou com grandes salários. Eles por fim entenderiam a responsabilidade de ser um exemplo para as crianças e assim seríamos, mais uma vez, o maior celeiro de craques do mundo. As fotos e vídeos que circulam na internet de animais mutilados desapareceriam, pois o RBS Notícias não iria mais noticiar tragédias. Na sua grade de programações, estariam somente relatos de pessoas que salvaram cães, gatos ou quaisquer outros animais da crueldade dos maus tratos. As pessoas não iriam mais gastar tempo tentando poupá-lo, pois não haveria mais “fast-foods” nas cidades. Todos iriam ter refeições longas e compartilhadas com amigos. O transito não seria mais motivo de estresse, pois não haveria mais tantos carros. O sedentarismo do mundo iria desaparecer, porque as pessoas iriam aprender a caminhar de novo. O computador não seria mais o melhor amigo das crianças. Todas voltariam a aprender a brincar por brincar, enquanto o sol bronzearia de novo suas peles pálidas. Os enamorados por fim entenderiam as imperfeições do amor. E dessa forma, seria reescrito o clássico da Cinderela e a mesma se casaria com o plebeu mais trabalhador e honesto. O cigarro, como as demais drogas, mal de todas as violências, seria abolido do mundo, pois ninguém mais precisaria fugir ou se anestesiar de um encontro consigo mesmo. Ninguém mais utilizaria passatempos, pois o tempo seria tão valorizado e aproveitado que todos os dias seriam vividos como se fosse o primeiro, e não como o último. Tal qual é pregado hoje em dia. Os idosos seriam respeitados e ouvidos. Os asilos deixariam de existir e todos que ainda tivessem avós teriam o privilégio de poder compartilhá-los com quem já os perdeu para sempre. As pessoas parariam de temer o arrependimento e aprenderiam com os erros. A música voltaria a sua essência que é ser bela, e não cúmplice dos entorpecentes. E a vida seria a celebração de todos, e não mais a agonia de muitos. Enfim, nesse sonho tão infantil que tenho, seríamos todos capazes de entender que nossa natureza é sermos imperfeitos. E assim, embora jamais alçássemos a perfeição, essa mesma que é a maldição destinada a Deus, estaríamos zelando diariamente o futuro de todos os filhos que estão por vir.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">André Scheid. <o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-44495508031757873372011-12-17T21:43:00.001-08:002011-12-17T21:48:12.550-08:00Últimas palavras<div class="MsoNormal"></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Poderia dizer que é fácil ou simples. Na verdade, um simples poder de síntese resolveria essas últimas linhas mal escritas. Mas não, não é. Não fácil falar com alguém, ou quem sabe mais de uma pessoa, sabendo que é a última vez. Sim, definitivamente, a última vez. Algumas vezes blefamos, queremos atenção, queremos que alguém realmente se importe com o vazio que o silencio da nossa própria voz pode deixar. Mas não. Hoje, e não mais que hoje, não é o caso. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Sem enrolar muito, venho a quem possa interessar deixar algumas poucas palavras que justifiquem minha ausência. Não tenho o hábito de deixar qualquer coisa mal resolvida, então, nada mais justo que a dura verdade. Cansei. Desculpa, mas cansei. Não por fraqueza ou falta de forças para seguir em frente. Não é isso. Cansei das pessoas. Cansei do mundo. Cansei da forma egoísta, estúpida e nada solidária que a humanidade caminha. Cansei de tentar viver e me encaixar em algo que não serve no meu interior mais profundo. Casei do desvio de caráter que tenho que ter para ser socializado. Sendo sincero, cansei da utopia que me leva a caminhar a lugar algum, de crer em conceitos de caráter, doação ou fraternidade. Cansei de caminhar. Cansei de correr. Cansei. Simplesmente, não achei mais propósito. Não achei mais nada que seja válido acreditar. Nem mesmo na minha própria integridade (tão corrompida por mim mesmo nos últimos tempos). Não acredito mais na minha própria capacidade, seja ela qual for. Eu quero sair!<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Por fim, não pensem que estou triste, doente ou delirante. Encontrei-me comigo mesmo. Desculpa a franqueza, mas delirante são vocês que ainda acham que tudo isso tem algum sentido. Acho que até houve </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 21px; line-height: 24px;">um dia</span><span class="Apple-style-span" style="font-size: 21px; line-height: 24px;">, mas não há mais.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Então, deixo a quem possa interessar um único conselho pertinente: compartilhe o amor. E o motivo é simples. É o único sentimento, ou coisa dentre tantas, capaz de suprir o vazio da alma. O resto é “conversa fiada”. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Esse em mim, o amor, não existe mais. Nem mesmo uma simples esperança.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Sem mais. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Desculpa pai. Desculpa mãe.<o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-47270976068394783132011-11-28T20:40:00.000-08:002011-11-28T20:40:23.365-08:00Equação do Amor<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Caminhei pelas ruas das incertezas que mapeiam meus dias. Contei pedras nas calçadas e desviei das emendas (me surpreendo que existam pessoas que tenham esquecido essa brincadeira ou tantas outras ainda). Reparei nos sorrisos plastificados das pessoas, nos seus passos apressados, na rigidez das mãos e no peso do cotidiano que todos que passavam por ali carregavam. Sonhei breves segundos. Sorri. Voltei pro mundo ao som de uma buzina e xingamentos. Entrei na movimentada avenida com andar largo, parei um pouco, voltei ao ritmo inicial e sonhei. Sonhei enquanto cantarolava uma canção que o Caetano Velloso regravara há pouco tempo. Paguei de ridículo para uma menininha com cabelos coloridos, que cobriam seu rosto, enquanto eu cantava. Em seguida, “caguei e andei”. No meu tempo, e não pensei que seria tão breve dizer isso, não era feio se distrair cantando qualquer bela canção. Enfim, voltei mais uma vez pro mundo. Acelerei, estava atrasado, e entrei no prédio que tinha compromisso. Anunciei-me e esperei. Enquanto esperava sentando a minha vez, mais uma vez mergulhei no sonho profundo. Como era bom relembrar aquela praia. Aquela caminhada de mãos dadas na beira do mar, fora da temporada de verão, no frio do Rio Grande do Sul. Éramos apenas nós dois. Nossas conversas sem sentido faziam todo o sentido de sermos. Naquele mínimo ponto do universo, desafiamos e zombamos de todos os deuses. Quanta heresia foram nossos abraços e quantas blasfêmias todos os nossos beijos. Batemos de ombros para a imperfeição, pois nos bastávamos ali, somente, completando um ao outro. E eu, que tenho o hábito medonho de equacionar tudo, não encontrei fatores que pudessem compor qualquer fórmula. Naquela praia, na minha lembrança e nos meus “sonhos”, exteriorizei, silenciosamente, um amor que nunca sentira antes. Esse mesmo que segue a regra fundamental do amor, que é ser tolo. Que é trocar qualquer situação ou lugar para estar ao lado de quem se ama. Que é entender que cada etapa de um processo doloroso de conhecimento se confunde com a renovação diária de uma chama, que se acende quando os olhos encontram o sorriso (no caso o teu). E a longa espera do amadurecimento é anulada ao compartilhar de ambos, por horas e horas e horas, todas as brincadeiras bobas de enamorados. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Desde aquele dia na praia, te levo comigo aonde quer que eu vá. Nossa equação não faz qualquer sentido nas regras da matemática. Somente faz sentido para nós dois e o nosso sonho delírio compartilhado. </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-10425573831526521812011-11-10T20:45:00.001-08:002011-11-10T20:45:46.851-08:00Perdi o romantismo – cultivarei e esperarei o processo<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 16.0pt; line-height: 115%;">Eu não quero crer no conto. Tanto que não o conto adiante. Eu não quero crer que hoje seja o último dia. Mesmo porque já passamos da meia noite. Não quero crer que seja para sempre, até porque o para sempre, sempre dura muito pouco. Também não quero acreditar e contentar com o pouco, mesmo que o pouco seja a dor mais forte que possa suportar. Não vou acreditar no ódio, esse mesmo que te faz pensar em mim todos os dias. Não vou acreditar na felicidade aos quatro cantos, pois tão sem rumo essa mesma se perde nos pontos cardeais. Não estou interessado mais em teorias, quero me contentar somente com as coisas reais (e salve Belchior). Não creio no absurdo, no extremo, no luxo, no lixo e nem no final. Não creio no Lula, no Obama, na Dilma ou em um país melhor. Não caio nas conversas de quem tanto fala e tanto mostra o contrário do que diz. Não acredito em milagres. Não acredito em santos. Não acredito no karma, cabala, tarô e ciganos. Não acredito na vida após a morte, na vida que se faz de morte e nem mesmo na própria inevitável morte. Não acredito em concordâncias verbais, regras de português e bons costumes. Esses mesmos muitas vezes são utilizados para disfarçar a própria falta de caráter. Não acredito em Budha, Zeus, Jupiter ou Maçã. Não acredito em palestras educativas, seminários, auto-ajuda e Paulo Coelho. Ah, também não acredito em “pequenas empresas, grandes negócios”, histórias do Matarazzo ou ainda na saga de Alencar. Não acredito no rock, nas guitarras Fender, nos barulhos eletrônicos e nas músicas de louvor a Jah. Não acredito nem mesmo no que mais precisaria, por urgência, acreditar. Mas acredito, muito, em uma única coisa: na eternidade da photografia do teu rosto sorrindo para mim. Somos a realidade. Tu, eu e a química. <o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-36394143713303682342011-10-19T19:43:00.000-07:002011-10-19T19:43:38.666-07:00Tu mudaste<div class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><span>Depois de tanto refletir. Depois de tanto poupar palavras duras. Depois de tanto tolerar. Depois de tanto escutar. Depois, e tão somente depois, de parar de ser um perfeito imbecil, tu mudaste. Descobri que a “nova” pessoa que sou ama demais e se deixa ser amado pela “velha” pessoa que és. <span> </span> </span><o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-72874415301492065022011-10-19T19:36:00.001-07:002011-10-19T19:36:31.031-07:00Morrer de Tristeza<div class="MsoNormal"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Tão trágico quanto o lado escuro da lua. Infértil tal qual terras do deserto. Quem sabe talvez diga ao certo... A tristeza não me embala, mas deixa o que foi alegria em qualquer canto da antiga sala. <span> </span><o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-71103363711350237902011-10-10T22:00:00.001-07:002011-10-10T23:23:19.317-07:00Se<div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Termo condicional tardio enraizado em meus pensamentos, assim surge:<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se luz não se refletisse no teu sorriso?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se a tua voz não fosse única aos meus ouvidos?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se a lua, debochada conselheira dos amantes, não fosse tão tua ao ouvir meus lamentos?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se meu envenenado coração ainda não estiver um deserto seco?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Talvez um sentenciado não?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Talvez um tímido e engasgado sim?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Talvez tuas roupas pelo chão?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Talvez fosse simples assim?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quem sabe seja a situação?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quem sabe seja o destino?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quem sabe, às vezes, sabe não?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Quem sabe eu saiba ser sozinho?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mas é o “se”: e se tu quiseres?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se eu quiser?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">E se não possamos?<o:p></o:p></span></b></div><div class="MsoNormal"><b><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Como vamos saber?<o:p></o:p></span></b></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-30808601978221754742011-10-05T22:01:00.000-07:002011-10-05T22:01:23.321-07:00Sinal da Despedida<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">É com estrema crueldade, registro da minha personalidade, que deixo aqui essas palavras registradas. Estando ciente que lerás e o quanto assim isso te importunará pelas próximas trocas de noites que virão no teu tempo terreno. Contudo, antes de iniciar, devo salientar que tampouco sinto qualquer remorso por saber das tuas angústias que estão por vir. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Sinal da despedida<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Faça um exercício. Na verdade, um exercício bem simples. Tente imaginar o quanto é possível doer perder um pedaço do próprio corpo. Ter amputada a perna, o braço, olhos ou orelhas. Consegues imaginar o quanto seria difícil a vida a partir de um fato como esse? Tente imaginar o restante dos dias em uma cadeira de rodas. Tente imaginar todos os dias ter que esperar alguém que te conduza ao atravessar a rua. Se possível, tente imaginar alguém tendo que te dar banho. Alguém tendo que te dar comida na boca. Alguém tendo que repetidamente zelar o teu estado vegetal até que a vida tenha piedade. Se for possível tal exercício, tente imaginar o teu sentimento. Tente imaginar a tua ânsia de vida preza a um corpo que hoje não corresponde mais as tuas expectativas. Aquela sede de levantar, de correr, de abraçar alguém, de enxergar um sorriso, de tocar um rosto e de sentir o amor passar por todos os teus vasos sanguíneos. Aquela vontade tão característica de falar, gritar, fazer piadas e sorrir. E agora? Caso o raciocínio esteja sendo seguido, tente mais uma vez imaginar toda essa energia vital preza, contida e sem fluxo para o mundo. O canal está interrompido. Não há mais como exteriorizar tudo isso que carregas dentro do peito. O corpo não suporta mais. Com todos os sentimentos que ainda existem no interior, não é possível uma única lágrima sequer. Nada. Incomunicável. Consegues imaginar isso? Talvez até consigas. Mas, certamente essa não é a condição que te encontras e após ler isso, alguns minutos depois, tal sensação ruim terá passado e a única preocupação será quando vai haver mais uma bebedeira entre amigos. Afinal de contas, não é a tua condição atual. Ficaste triste talvez, pensando em quantos casos como os citados acima existem no mundo. Mas passou. A “vida” seguiu. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O que nunca te deste conta, é o quanto anestésico é perder algo muito pior que isso tudo que falei. <span> </span>O quão ruim é poder usufruir das maravilhas de um saudável corpo e o deixar se esgotar por ter tido um pequeno, quase invisível, pedaço amputado. Enquanto tudo se esgota, sendo repetitivo, perdestes a alma. Nada mais triste que ver alguém com a alma amputada pelas imposições cotidianas. Pelos equivocados convívios sociais. Perdestes. Ela se foi. <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Finalizo colocando o melhor da minha personalidade. Tevês chance. Poderias ter preservado tua essência frente a uma vaidade tão fútil e tão sem valor com o passar dos anos. Tevês alguém que te esperou. Tevês alguém que deixou tudo por ti. Tevês alguém que queria “te matar” de amor. Que simplesmente teu sorriso se fazia o evento mais importante do universo. E com tudo isso, tenha a certeza que farias toda a diferença na Terra, ao menos para aquela única mísera pessoa que hoje não habitas mais esse planeta. Sinto em te dizer, mas tu terias feito toda a diferença e agora não farás mais. Todo esse vazio, toda essa culpa, vai te consumir. Eu sei. Tu sabes. Todos sabem. E não sinto remorso algum por isso.<o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comNovo Hamburgo - RS, Brasil-29.6846047 -51.141856299999972-29.780608700000002 -51.264631299999969 -29.5886007 -51.019081299999975tag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-53120683185521192132011-10-01T19:17:00.000-07:002011-10-01T19:18:49.036-07:00Saudade – “Significado e definição.”<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b>Como é possível colocar em uma única frase tal dimensão, que transborda fronteiras da razão contrariando espaços, e ao mesmo tempo em que se expande, aperta o peito cansado?</b> </p>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-40836288493209063452011-09-30T17:36:00.001-07:002011-10-05T22:05:59.948-07:00Sobre a Saudade<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;">Tocar com os pés a areia e ouvir o mar compor melodias tristes no espumar das ondas. Até a brisa da praia vem sussurrar ao meu ouvido repetitivamente teu nome. E a linha reta do horizonte se rendeu e desenhou tuas curvas. Onde quer que mire, teu sorriso debochado está sempre me aguardando. <o:p></o:p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comAv. Mariluz - Imbé - RS, 95625-000, Brasil-29.9280692 -50.104582300000004-29.930262199999998 -50.111000800000006 -29.9258762 -50.0981638tag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-56364480273347038432011-09-28T15:32:00.001-07:002011-09-28T15:32:52.064-07:00Sobre o Tempo<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Curioso, a melhor maneira de usufruir e desfrutar do maior ativo, o tempo, é desperdiçá-lo e deixá-lo se esgotar, compartilhando da tua presença. Muito perde quem o preserva, ocupado das coisas importantes e tanto supérfluas, perdido nas águas solitárias das angústias e preocupações. Meu ativo, minha época, meu tempo, tem como água corrente o destino de ser eternizado ao lado teu. <span> </span></p>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-32862685801052950362011-09-26T17:20:00.001-07:002011-09-26T17:21:20.897-07:00Sobre os intervalos.<span style="font-size:14.0pt;line-height:115%; font-family:"Calibri","sans-serif";mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family: Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Nos intervalos da vida permito-me fingir que te esqueço.</span>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-79129101802215618722011-09-25T22:27:00.000-07:002011-09-26T17:06:22.672-07:00De coração<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">De coração aberto te desejo que não sejas mais tola. Que não penses que o universo esta contra ti. Que não penses que todas as pessoas têm inveja da tua singular beleza, essa mesma que te deixa tão frágil e insegura. Desejo-te, com todos os restos da minha alma que ainda me faz hora que outra, humano, que sintas um pouco, ao menos um pouco, a tua condição de ser somente mais um ser. Claro que de forma saudável, pois tenho certeza, e não dúvidas, do quanto te sentes deslocada, abandonada e porque não dizer assim diferente. Também te desejo que caia sobre a tua moleira a justiça. Para que assim entendas o valor da família, do amor, da compreensão e do perdão. Desejo-te, na minha condição duvidosa, que reconheças o amor quando o mesmo realmente aparecer. Que entendas que tal sentimento nada mais é que o reflexo perfeito da natureza humana, repleta de defeitos e odores intragáveis. Aproveite o amor. Ande de mãos dadas ao pôr – do - sol. Aceites o simples “eu te amo” e verás como naturalmente teus lábios desenharão a escrita de uma sincera resposta. Entendas. Entendas muito. Quem muito entende corre o sério risco de um dia ser entendido. Aquele que nada quer entender terá no seu futuro o desencontro da compreensão. Ame. Não interessa o quanto doer. Ame. Desejo que ames os teus, teus momentos, tuas glórias, tuas derrotas, tua euforia, tua dor. Ame. Nunca deixe de amar. Quando o amor em nós seca, nega a condição de seres amorosos que somos. Sem amor somos zumbis. E por fim te desejo que aceites minha oração. Não terei mais chances de te dizer o que aqui está escrito. Quando a vida se impõe a nós, com a implacável ação do tempo, não nos resta artifícios para salvar-se da batalha. Minha hora, meu tempo, minha vida, contigo acabou. Portanto, te desejo que aceites minha oração e minha condição hoje de árvore seca. Pois se te desejo tudo acima, é porque o mesmo em mim não transcorre e sei que estou tão somente à espera do quando. <o:p></o:p></span></p>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-29558527010761188352011-09-11T22:08:00.000-07:002011-09-12T08:06:45.947-07:00Reencontro<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; line-height:115%">A ansiedade me consumia por saber da tua chegada. Tinha a confirmação da tua presença, pronunciada aos quatro cantos nas bocas das pessoas. Aguardei pálido, cético e porque não dizer, de certa forma, aparentemente indiferente. Mas não estava. Qualquer um que fixasse o olhar na inquieta expressão dos meus traços sabia que um frio cortante e agudo se encontrava na boca do meu estomago. Disfarcei. Fumei. Bebi. Nada aliviou minha tensão. A cada minuto, a cada segundo, te procurava para saber se já estávamos dividindo o mesmo ar. Nada. Nenhum único sinal. De repente, e já plagiando, “não mais que de repente”, refletiu-se a luz na maciez deslumbrante da tua pele. Congelei. Escondi-me. A freqüência da tua voz tornou-se única aos meus ouvidos naquele ambiente tão barulhento. Eis que no exato momento em que uma breve paz desafiava a gravidade, fazendo-me levitar ao te acompanhar com os olhos, me vistes. De pronto, vesti meu corpo tímido, inseguro e nu com toda a prepotência e arrogância que havia nas velhas gavetas do meu peito tão machucado. Com essa atitude tão conhecida de ambos, descruzei o olhar. Cego com a máscara petulante, não vi avançares o terreno e ocupares meu espaço. Com a umidade dos teus lábios trêmulos e a malicia da tua língua acariciando o cintilante dos teus dentes, desferistes a minha pessoa, com as toneladas da mais dura ferroada, o tiro misericordioso em forma de um receptivo e discreto “olá”. Como a característica principal da insegurança é a falsa indiferença, acenei com um simples gesto de “Gulliver” e me retirei do espaço. Tantas negações e aproximações desencontradas fazem da nossa história a comédia mais sem graça já vista. <span> </span><o:p></o:p></span></p>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-77044722781949471162011-09-11T02:46:00.001-07:002011-09-11T03:01:25.404-07:00Pela capacidade de compartilhar<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span ><b>Já tive mais energia para te amar. Já tive mais vontade de te amar. Mais dedicação, mais disposição. Eu já quis mais. Bem mais. Assim, para te dizer a verdade, eu já fui desesperado. Eu já ansiei, já esperei, já torci e “mandiguei”. Mas chorei, sabes. Chorei demais. Sofri demais. Entretanto, agora não sofro. Não me dói saber o que fazes. Não me dói saber com quem estás. Também não me dói saber que prometes o que nem mesmo é mais teu. (me refiro ao teu próprio corpo e coração, que não governas ou preserva) Na verdade, não sinto nenhum pesar ao pensar ou saber de ti. Mas tem uma coisa que me incomoda sempre: saber que somos dois completos imbecis que carregam o mesmo sentimento e que não têm a menor capacidade de compartilhá-lo.</b></span></span></p></span></div>André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-26313162819242164072011-09-02T09:36:00.000-07:002011-09-02T09:42:50.168-07:00Cicatriz<span style="font-weight:bold;">Aos ruídos maliciosos passaram-se os anos
<br />Deixando assim somente ruínas e flores mortas
<br />No compasso das minhas direções tortas,
<br />Esculpi os traços finos dos meus critérios.
<br />Fiz de mim a figura de um anjo torto
<br />O senhor do vazio, a ser mais um sorriso sem razão
<br />Único, disfarçado na penumbra,
<br />Longe da clara e falsa ilusão.</span>
<br />André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-77101884272833802112011-07-26T10:22:00.000-07:002011-07-26T10:30:28.489-07:00Débora e KelinO pouco que pude tocar com as duas juntas, deu para salvar uma composição delas na minha memória e em uma gravação pra lá de muquirana. Fica a letra abaixo registrada. <br />PS: Vcs são demais!<br /><br />“Eu não sei dizer. <br />Não sei se é eu ou se é você. <br />Não sei se é sol ou chuva,<br />Se é de maçã, pitanga ou uva.<br />Não sei se sim, se não,<br />Se é amor,<br />Se é paixão.<br />Não sei se é morte ou vida<br />Só sei de nós: ferida.<br />E se eu quis, <br />Queria. <br />Não, não quero saber<br />Desse jeitinho de deixar acontecer<br />Você ficou e ficou aqui,<br />Agora não quero e não vou dividir.”André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-56625726548823135002011-07-15T15:46:00.000-07:002011-07-19T10:14:44.278-07:00SofismaVou blasfemar teu nome,<br />Envolver-te em escrachos e difamações,<br />Repudiar teu rosto, gosto, pele, <br />Toda essa epiderme que tanto desejei.<br /><br />Vou te envolver nos meus escândalos,<br />Para seres a última página de um livro não lido.<br />E ainda que não saibas, meu sincero ódio há de ir contigo,<br />A cada rua nova que adentrares.<br /><br />Dentre todos os caminhos que ainda possas<br />Envolver rasteiramente meu nome,<br />Saibas que a praga a tua memória me concederá justiça<br />(Ainda que essa seja equilibrada somente para mim.)<br /><br />Que tal sofisma assim sentencie,<br />Aquilo que foi amor extremo,<br />Que de pureza, onde jaz meu peito,<br />Não existe mais<br />há somente a desilusão sobre esse mesmo leito.André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-66305389196569647122011-07-09T12:17:00.000-07:002011-07-09T12:21:12.385-07:00Qualquer dia desses<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfdC9BKDr8Wx5g5ShV0fbZ1vIbyxWf1kzzIm28RcXPiy_igAKB_mnpuSoaC64FiEP7I_raSkRnkSqBquWeBq4gM0b8f4-_FU506vgVNVlU2Dw1VaHsm90wBo0CUUm3QSSRCFu5rmdjwdi6/s1600/paisagens-lindas-08.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfdC9BKDr8Wx5g5ShV0fbZ1vIbyxWf1kzzIm28RcXPiy_igAKB_mnpuSoaC64FiEP7I_raSkRnkSqBquWeBq4gM0b8f4-_FU506vgVNVlU2Dw1VaHsm90wBo0CUUm3QSSRCFu5rmdjwdi6/s320/paisagens-lindas-08.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5627433998933182946" /></a><br /><br />Qualquer dia desses nos encontraremos de novo. Seja a mágica ou o sobrenatural, seja vida, a morte, o que é certo ou o que não é normal. Qualquer dia desses. Qualquer dia desses.André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-21697100537913952932011-06-14T04:27:00.000-07:002011-06-14T12:19:02.715-07:00Acho que é isso que eles chamam de felicidadeProvérbios 14,13<br /><br />“O sorriso pode esconder a tristeza; quando a felicidade vai embora, a tristeza já chegou.”<br /><br />Quando pequeno, havia um único lugar seguro para mim. Era um lugarzinho atrás da minha cama, que mesmo com o tamanho de criança, tinha que me encolher para entrar. Lá guardava meus tesouros infantis, tais como algumas revistinhas, alguns brinquedos e o primeiro violão que fora da minha irmã mais velha. Esse último ainda não pensava em aprender, era somente um barulho desatordoado e infernal (há quem diga que isso não mudou até hoje). Sempre ansiava à hora de ir para o cantinho. Saía para escola cedo de manhã já contando as horas de chegar naquele pequenino lugar onde a felicidade morava. Eram tão poucas as horas que podia ficar ali, até mesmo as crianças têm compromissos, que o único momento de total felicidade que tenho lembrança daquela época era naquele lugar. Sozinho naquele cantinho atrás da minha cama que se eu não encurtasse as pernas nem entrava. <br /><br />O tempo passou. Creio que de 4 para 6 anos eu já não entrava mais no lugarzinho onde morava o bem estar, a dita então felicidade, que tanto ouvia falar mas ainda não conhecia com certa intimidade. Então, não mais que de repente, a felicidade passou a não existir mais para o guri de 6 anos. Não havia mais um lugar onde ele se sentisse bem, onde ele esperasse cada minuto passar para estar. A felicidade simplesmente fora embora à medida que os ossos e todo o tecido epitelial cresceram. Nascia então uma nova situação, ainda que não definida, “a busca da felicidade”. <br /><br />A felicidade é buscada porque é mais rara que um diamante de todos os quilates possíveis. Basta olhar em volta, ela se faz um tesouro maior por haver uma grande oferta de ofensas, tristezas, depressão, atitudes destruidoras e demais coisas que o ser humano é capaz de produzir em abundancia. A pulverização da inveja, da cobiça e outras coisas desse gênero, praticamente deixa seco o campo verde e agradável onde talvez morasse a felicidade. Esse “veneno” é passado como uma herança natural, só que de pessoa para pessoa, assim, tendo um alcance cada vez maior nos corações que tanto perseguem a dita “felicidade”. <br /><br />Então, claro que não estou contando nenhuma novidade. As pessoas no geral são um saco, egoístas, mesquinhas e diversas vezes espalham com palavras a própria ignorância invés do silencio sábio. O que posso querer dizer com essas quatrocentas e catorze palavras até agora? O óbvio. Onde está a felicidade depois que não cabemos mais no nosso cantinho secreto? Vou dar a resposta, nas linhas do próximo parágrafo, de onde está a felicidade.<br /><br />Não sei! Certamente não poderia ser tão presunçoso para achar que tenho tal resposta. Mas sei de uma coisa: sei onde ela não está. O tesouro não está na obsessão. Não está na inveja. Tampouco está na cobiça. Ele também não está na competitividade louca do teu trabalho. Com certeza ela não está nas tuas imputações de conduta sobres os teus. Não está também nas palavras que forças para que sejas mais interessante que alguém ou alguma coisa. Também não está no que a maioria das pessoas chama de amor. Não está no abraço forçado, entre as pernas da mulher desesperada ou no drink do homem solitário na zona. Não está em nenhum desses lugares. Não está no confortável bem-estar que a depressão produz. E posso dizer, provavelmente não está na maioria dos lugares que algum leitor possa nesse momento achar que está ao ler essas quase seiscentas palavras. <br /><br />Onde está essa porra de felicidade então? Continuo mantendo a resposta: não sei. Mas sei de alguns lugares onde não sinto mais a falta dela. São lugares muito próximos aquele cantinho mencionado no começo do texto. Nas cordas da 1956 e da 1975. No sorriso da Carol, minha sobrinha. “Nos bilhões” de palavras que meus sobrinhos, Matt e Luke, gritam no skype que não consigo entender. Na solidão da estrada. No encontro anual da minha família (claro que não mais que 1 hora todos juntos!). Na companhia de fiéis e bons amigos. Nas músicas que canto no chuveiro! Nos braços da morena que sei lá se amo (o que mais me deixa intrigado é que ela sabe disso). Nas lembranças doces que deixam um amargo na minha boca e um aperto no meu peito. Nas vitórias da sobrevivência. No perdão justo e quando sou perdoado justamente. No consolo que me pede quem assim me valoriza. Esse por sua vez geralmente é somente um silencio e um abraço, até porque não tenho muitas coisas importantes a dizer para serem considerados consolos. Enfim, em alguns momentos como esses, a felicidade não me faz falta alguma. Acho que chamar de “felicidade” talvez seja aquelas lacunas que a tristeza deixa quando momentaneamente vai embora. Quando alguns pássaros negros não colocam mais seus ovos de pedras em nossos corações. Se a felicidade for o resultado da falta de tristeza, e repito, não sei se é, acho humildemente que tais lacunas devem ser desfrutadas com o sentimento que se faz merecer: a alegria. Digo assim porque viver nesse mundo repleto de tristezas torna tais momentos de ausências de dores quase impossíveis. <br /><br />Provérbios 15,17<br /><br />“É melhor comer verduras na companhia de quem a gente ama do que comer a melhor carne onde existe ódio.” <br /><br />P.S.: Antes que alguém diga que virei crente, e vai tomar no cu por isso, procure saber o que são os “Provérbios” da Bíblia. Talvez tais palavras sábias façam a vida de quem pensou isso menos medíocre. ;)André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-5433405969518089362011-06-06T14:58:00.000-07:002011-06-06T14:59:17.010-07:00Sopros e sopros<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWO01AS_3Hd4_P078DMfShhyphenhyphenSNu8lOj0Zyl6W3yQ-7m78L3fmwdVdp7J5mqQFf70-iDOpKCw5IxrOCZtSXoOdPmu51hkJY3dCoxWX_cAPQ2MDsaOypCxzion4_7s62ucFyXAF4u0xE0Ny_/s1600/diabo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 248px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWO01AS_3Hd4_P078DMfShhyphenhyphenSNu8lOj0Zyl6W3yQ-7m78L3fmwdVdp7J5mqQFf70-iDOpKCw5IxrOCZtSXoOdPmu51hkJY3dCoxWX_cAPQ2MDsaOypCxzion4_7s62ucFyXAF4u0xE0Ny_/s320/diabo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615229593052525474" /></a><br /><br />Vozes contraditórias na órbita da minha cabeça<br />O destino que nunca chega<br />O rumo é tão incerto<br />A casa que jamais quero voltar<br />Todas as coisas que soprei e perdi pelo ar,<br />Que não importam mais.<br />Cada vez que encontro a estrada, o demônio fala próximo ao meu ouvido.André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-72709841073873142152011-05-05T20:55:00.000-07:002011-05-05T20:56:20.745-07:00"Toma no cu"Tenho tido medo da minha própria intolerância. Minha paciência, ou a falta da mesma, tem me transformado numa pessoal cruel, seca e indesejável pelas demais. Seja pela linguagem que tenho utilizado, geralmente direta e com palavras fortes, além dos palavrões ilustrativos, ou pelos próprios movimentos faciais de desprezo. Tenho semeado um indigesto sentimento das demais pessoas com a minha presença. Claro que muitas vezes isso já é um tiro para que saiam de perto de mim, para um determinado grupo é claro. Entretanto, outras vezes é sem querer, além de provocar reações que eu mesmo nem queria. Motivos para isso? Esses eu tenho, com certeza. Agora, se são legítimos ou não, bem isso é outra historia. <br /><br />Creio que se mais alguém acompanha esse blog, deve saber ao menos um pouco da minha história. Deve saber um pouco como são as regras da cidade onde moro. Bem, certa feita eu tive uma casa noturna. Essa mesma teve um sucesso local significativo, posso assim dizer. Até então tudo certo, se não fosse o fato de eu ter 21 anos na época da inauguração. Encurtando o enredo, fiquei bem deslumbrado com a pequena e frágil “babilônia”. Era tudo fácil e divertido. Bem, quando isso acabou, quando a festa encerrou e os ratos e baratas tomaram conta do ambiente, quando o ciclo acabou... Bem... Foi possível ver que não tinha tantos amigos assim. Foi possível ver o quanto tudo isso é falso, juntamente com muitos de seus personagens, e o quanto isso pode fazer de estrago numa criança. Sim, eu tenho consciência de ter sido bem ingênuo em alguns aspectos nesse período. Hoje, sem traumas sobre isso, um psiquiatra resolve bem o problema. Mas fica a barreira quando encontro muitas dessas pessoas.<br /><br />Por outro lado, fiz bons amigos nessa época. Bons mesmo. Encontramos-nos com alguma freqüência e isso é algo muito prazeroso na minha vida. Só para registrar, já que esse fato não tem nada a ver com a minha intolerância atual. Além disso, só a fim de registro mesmo, um fato bem legal disso tudo foi reencontrar muitos dos amigos “esquecidos”, engolidos pelos perfumes da noite. Esses mesmos deixam a vida bem mais divertida.<br /><br />Agora, voltando ao assunto do texto, ando muito de saco cheio. Muito! A regra hoje das opiniões, no geral, é “falo o que quero para você e obrigatoriamente terás que concordar comigo”. Que coisa estranha isso né? Há pouco tempo fiz um perfil de Facebook, com o intuito de encontrar algumas pessoas legais que não tinha mais contato. Não querendo bancar o pseudo- intelectual, nem tenho pretensão de ser um real, mas os níveis de coisas estúpidas que tenho lido têm deixado minhas bolas trincadas. É demais. É horrível. É triste. E o pior: é sério. Tais opiniões têm um caráter de seriedade nos autores. Eles realmente têm essas idéias. Não é humor. Ou melhor, até é né...<br /><br />Enfim, apenas justificando mais o titulo, agora que minha vida começa a tomar um rumo prazeroso de novo, que as coisas estão mais calmas, que as noites de sono são bem dormidas, ainda existem alguns seres bestas que dão o velho ar da graça. Aqueles mesmos que quando mais precisei, que se diziam meus amigos, que batiam nas minhas costas, querem ter um contato um pouco mais chegado. Tomar no cu! Tudo bem, podemos dizer que as pessoas são assim mesmo e bla bla bla, e eu sei disso. Talvez seja um dos últimos humanistas reais. Mas não creio que isso seja uma atitude tão humana. Tenho uma crença, estúpida, que uma atitude humana é escrever um desabafo como esse, tomado pela emoção. Mau? Sem coração? Eu sou esse mesmo ou quem agora quer um breve contato é que é? Estranho né... Bem, finalizando: Não tenho olhado para o passado, só quero saber do que vou encontrar quando virar a próxima esquina. E antes que isso fique muito poético, até porque não é a fase atual, “vão tudo se foder”. ;)<br /><br />Os: desculpe eventuais erros. Não pensei na construção e nem corrigi esse texto. Perderia a naturalidade.André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4577693206293675994.post-51221723719831613602011-05-02T15:50:00.000-07:002011-05-02T15:52:28.305-07:00Tenho lido bastante esse "sujeito" aí. Fica a dica para quem não conhece. Guilherme de Almeida.<br /><br /><br />O Ciúme - Guilherme de Almeida<br /><br /><br /><br />Minha melhor lembrança é aquele instante no qual <br /><br />Pela primeira vez, me entrou pela retina <br /><br />Tua silhueta, provocante e fina<br /><br /> Como um punhal<br /><br />Depois, passaste a ser unicamente aquela <br /><br />Que a gente se habitua a achar apenas bela <br /><br />E que é quase banal.<br /><br /> E agora que te tenho em minhas mãos e sei <br /><br />Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos <br /><br />E os teus sentidos são cinco brinquedos <br /><br />Com que brinquei<br /><br />Agora que não mais me és inédita; agora<br /><br /> Que eu compreendo que, tal como te vira outrora <br /><br />Nunca mais te verei<br /><br /> Agora que de ti, por muito que me dês<br /><br />Já não podes dar a impressão que me deste<br /><br />A primeira impressão, que me fizeste <br /><br />Louco talvez<br /><br />Tenho ciúme de quem não te conhece ainda <br /><br />E cedo ou tarde te verá, pálida e linda<br /><br />Pela primeira vez.André Scheidhttp://www.blogger.com/profile/14711468375238136520noreply@blogger.com