Quem sou eu

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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mais ou menos assim



Mais ou menos assim era a minha cara quando cheguei em casa da última balada que fiz... Misericórdia!
PS: E to voltando pra Kooks nos findis...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Poema para uruguaiana

Consumo o tinto como cupins devoram um móvel velho,
Tenho todo o tempo do mundo.
Lentidão aparente e pensamentos fervilhantes,
Fazem um estrago nessa linha de tempo.

A porta aberta é um convite ao inesperado.
Como se fosse possível fechá-la,
uma sombra encobre o que poderia ser teu rosto,
ou uma foto velha no canto da sala.

Até quem me vê caminhar na rua sente o peso que sinto,
Refluxo do doce ingerido na ausência imposta.

Dou-te um poema.
Uma celebração do quanto já passou o tempo,
Esse mesmo que já virou anos!
E ainda assim,
Sem tu passares por mim.

E se por acaso aparecesses,
Seria mais um desses mistérios do amor,
Mas se não apareceres não importa:
Esse poema é teu.

A comédia cotidiana vai me distrair
Enquanto a fumaça do cigarro ainda desenhar teu rosto,
E assim se desfazer no ar.

Esse poema é teu
É direito poder assim falar.
Na escuridão que espera a luz tua,
E até lá:
Esse poema é só o que posso dar.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Sam.....playing it again...."












"It is still the same old story
The fight for love and glory
A case of do or die
The world will always welcome lovers
As time goes by..."


E assim a vida imita a arte:
Bons tempos do cinema,
Maravilhoso esse momento da vida.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Talvez, talvez e talvez.

Como já gastei papel para anestesiar velhas magoas. Talvez se fosse possível empilhar todas as folhas se construiria um alto monumento. Um monumento a dor, a solidão, a insustentável paz que o silêncio produz. Quando, nessas fases da vida, esse mesmo silêncio se impôs a mim, sempre reagi com um acorde, um grito, um canto, um poema ou um texto. E como gastei papel com isso. A dança da caneta tatuou folhas em branco, folhas amassadas, folhas velhas e amareladas. E me pergunto então: Por que disso tudo? Que tipo de mensagem é essa? Aonde pode chegar tais palavras vãs? Não encontro respostas, se é que essas mesmas existem. Não sei por que escrevo, porque canto ou porque componho. Talvez porque seja uma parte de mim que insiste em não se calar. Que insiste em ser vã e que atira palavras ao vento, entregando assim a sorte do destino que um poema possa alcançar. Talvez porque existam mais assim como eu. Talvez, talvez e talvez.

E como passa o tempo que de repente são anos. Os velhos dramas ainda ilustram a velha folha que serve de pauta para a vida. Os mesmos medos, as mesmas incertezas e as mesmas teimosias. É a comédia de uma vida na qual o ator principal não representa e não é acompanhado por uma platéia. Então, pergunto: Por que ele está ali? Para entreter quem? Talvez, usando de novo a palavra, seja para a diversão de um deus. Esse mesmo que sem uma igreja postada não teria absolutamente nada a dizer. Talvez, talvez e talvez.

Talvez seja para viver a dor. Talvez seja para se converter a futilidade, ou ainda a sistemática anestésica imposta pela era digital com toda a sua exatidão. Uma forma de amplificar sentimentos e jogar de forma rápida num veiculo instantâneo. Talvez seja para viver o mistério do amor, aquele esquecido sentimento que brota nos momentos românticos antes e depois do sexo. Tão esquecido mesmo. Talvez, e digo somente talvez, seja para descobrir que o inevitável é a única forma de solucionar o que parece não ter solução. Talvez, talvez e talvez.