Quem sou eu

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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Minha mensagem de final de ano

Sugiro frente ao tão festejado período do ano, que sigamos a idéia de todos os comerciais de televisão ou quaisquer outros que vinculem na mídia que tanto invade nossas casas. Sugiro que nos permitamos sonhar.
E nesse mundo de sonhos, de comerciais de finais de anos, as pessoas seriam consideradas belas cada qual com a sua particularidade. Não haveria mais padrões de beleza e o silicone não seria mais um assessório estético. Os anabolizantes não seriam mais vendidos no mercado negro, pois ninguém deixaria de ser aceito por ter um pneuzinho a mais. As mulheres voltariam a expor sua beleza através da fragilidade, e os homens enfim entenderiam que a TPM passa. A Ana Maria Braga deixaria de falar com um papagaio enquanto cozinha. Ela encheria sua cozinha de crianças órfãs e falaria com as mesmas enquanto no forno estivessem assando muitos biscoitos coloridos. Os jogadores de futebol brasileiros não iam mais se preocupar com penteados ou com grandes salários. Eles por fim entenderiam a responsabilidade de ser um exemplo para as crianças e assim seríamos, mais uma vez, o maior celeiro de craques do mundo. As fotos e vídeos que circulam na internet de animais mutilados desapareceriam, pois o RBS Notícias não iria mais noticiar tragédias. Na sua grade de programações, estariam somente relatos de pessoas que salvaram cães, gatos ou quaisquer outros animais da crueldade dos maus tratos. As pessoas não iriam mais gastar tempo tentando poupá-lo, pois não haveria mais “fast-foods” nas cidades. Todos iriam ter refeições longas e compartilhadas com amigos. O transito não seria mais motivo de estresse, pois não haveria mais tantos carros. O sedentarismo do mundo iria desaparecer, porque as pessoas iriam aprender a caminhar de novo. O computador não seria mais o melhor amigo das crianças. Todas voltariam a aprender a brincar por brincar, enquanto o sol bronzearia de novo suas peles pálidas. Os enamorados por fim entenderiam as imperfeições do amor. E dessa forma, seria reescrito o clássico da Cinderela e a mesma se casaria com o plebeu mais trabalhador e honesto. O cigarro, como as demais drogas, mal de todas as violências, seria abolido do mundo, pois ninguém mais precisaria fugir ou se anestesiar de um encontro consigo mesmo. Ninguém mais utilizaria passatempos, pois o tempo seria tão valorizado e aproveitado que todos os dias seriam vividos como se fosse o primeiro, e não como o último. Tal qual é pregado hoje em dia. Os idosos seriam respeitados e ouvidos. Os asilos deixariam de existir e todos que ainda tivessem avós teriam o privilégio de poder compartilhá-los com quem já os perdeu para sempre. As pessoas parariam de temer o arrependimento e aprenderiam com os erros. A música voltaria a sua essência que é ser bela, e não cúmplice dos entorpecentes. E a vida seria a celebração de todos, e não mais a agonia de muitos. Enfim, nesse sonho tão infantil que tenho, seríamos todos capazes de entender que nossa natureza é sermos imperfeitos. E assim, embora jamais alçássemos a perfeição, essa mesma que é a maldição destinada a Deus, estaríamos zelando diariamente o futuro de todos os filhos que estão por vir.
André Scheid. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Últimas palavras

Poderia dizer que é fácil ou simples. Na verdade, um simples poder de síntese resolveria essas últimas linhas mal escritas. Mas não, não é. Não fácil falar com alguém, ou quem sabe mais de uma pessoa, sabendo que é a última vez. Sim, definitivamente, a última vez. Algumas vezes blefamos, queremos atenção, queremos que alguém realmente se importe com o vazio que o silencio da nossa própria voz pode deixar. Mas não. Hoje, e não mais que hoje, não é o caso.
Sem enrolar muito, venho a quem possa interessar deixar algumas poucas palavras que justifiquem minha ausência. Não tenho o hábito de deixar qualquer coisa mal resolvida, então, nada mais justo que a dura verdade. Cansei. Desculpa, mas cansei. Não por fraqueza ou falta de forças para seguir em frente. Não é isso. Cansei das pessoas. Cansei do mundo. Cansei da forma egoísta, estúpida e nada solidária que a humanidade caminha. Cansei de tentar viver e me encaixar em algo que não serve no meu interior mais profundo. Casei do desvio de caráter que tenho que ter para ser socializado. Sendo sincero, cansei da utopia que me leva a caminhar a lugar algum, de crer em conceitos de caráter, doação ou fraternidade. Cansei de caminhar. Cansei de correr. Cansei. Simplesmente, não achei mais propósito. Não achei mais nada que seja válido acreditar. Nem mesmo na minha própria integridade (tão corrompida por mim mesmo nos últimos tempos). Não acredito mais na minha própria capacidade, seja ela qual for. Eu quero sair!
Por fim, não pensem que estou triste, doente ou delirante. Encontrei-me comigo mesmo. Desculpa a franqueza, mas delirante são vocês que ainda acham que tudo isso tem algum sentido. Acho que até houve um dia, mas não há mais.
Então, deixo a quem possa interessar um único conselho pertinente: compartilhe o amor. E o motivo é simples. É o único sentimento, ou coisa dentre tantas, capaz de suprir o vazio da alma. O resto é “conversa fiada”.  
Esse em mim, o amor, não existe mais. Nem mesmo uma simples esperança.
Sem mais.
Desculpa pai. Desculpa mãe.