Quem sou eu

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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Para entender-me

Quando o ciúme tomar parte do teu corpo
Não sabendo explicar de onde vem a fúria
Saberás um pouco mais de mim

Quando a posse escurecer tua visão vendo-me sair
E sentires um vazio somado ao teu próprio “raivedo”
Entenderás-me mais um pouco

Quando a saudade for cruel parecendo não ter fim
E achares melhor ter-me perto a ver-me feliz
Entenderás o que já fiz por ti

Quando a angústia invadir teu peito
Dando nós na tua garganta com a minha falta
E assim me procurar na hora mais inoportuna
Cheia de ódio e uma infindável dor
Estarás entendendo o que sou capaz
Então,
Quando fizeres tudo isso e um pouco mais
Saberás o porquê não me encontras


Porque existem as diferenças do amor


Amo-te da forma exclusiva que sei amar
Com o amor que tolera a ausência pela felicidade tua
Que te deixa livre em um céu limpo e te protege das chuvas
Que confia na tua mão pelo caminho escuro

Amo-te inclusive com orgulho
Da minha própria capacidade de amar-te
Ainda que para ti sejas invisível
Por não me veres prender-te com grilhões de ternura

Não sei se minha forma é pura
Sei que não foi o bastante
Ainda sim, agora distante,
Amo-te cada dia singular da minha vida sentindo a falta tua

El paso

Paso por la puerta, a cada paso yo paso
A cada paso, te encaro y paso
Paso
Siempre paso
Dejo todo pasar
Dejo pasar todo
Así mismo
Finjo que no paso
Y que no dejo pasar

En la bebida casi me aflojo
Ignorancia plena y feliz
¿Lo que será que hice?
Para merecer el dolor que paso
Paso
Siempre paso


Paso por arriba de las personas
Paso por debajo de las leyes
Puedo por arriba del muro
¿ Verte otra vez?

Este es el perpetuo paso
Lento, pero es mi paso
De aquellos que vuelven insistentemente la cabeza para abajo
Dejando la vida pasar
En una levedad mentirosa y risueña
¿ Pero quién me critica también no deja pasar?

Yo paso
Mismo no sabiendo por donde
Siempre paso
Voy dejando todo pasar

sábado, 25 de outubro de 2008

Soneto para meu “pavão”

Réplica explosiva, desvairada e às vezes até sem razão
Independente do humor se faz tomada pela ternura
Sempre suave, como da tua desejável pele é a textura
O labirinto do teu olhar em constante doação ao perdão

Perco-me nos infindáveis caminhos da tua fala e mãos
Carregando-me aos consolos, ainda que tenhas dúvidas
Faz-se certeza a tua palavra de luz a minha escura
Para aliviar de mim qualquer tipo de desilusão

Zelas pelo sentimento mais valioso do universo
Ainda que os supérfluos tentem em vão embaçar
Deixa quem a rodeia em uma constante aquarela

Não se culpa uma estrela pelo seu próprio brilho
Nem a um pavão pelas cores das suas belas penas
Tão pouco a ela, pela própria beleza de ser bela


*Esse é um poema que fiz para um “pavão” amigo que sempre transforma as tempestades da minha vida em mares caribenhos. Nanda, obrigado por seres minha amiga e deixares o mundo bem menos chato. Como tu mesma dizes, “um beijo e um queijo” pra ti.


André

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Quando o espelho quebra

É difícil juntar os pedaços que sobram quando terminamos qualquer relação. Seja ela de trabalho, amizade, amorosa, tanto faz. No momento que passamos por uma situação dessas não sobram muitas perspectivas a nossa frente, uma vez que projetamos nosso futuro com “o” ou “os” envolvidos que estamos rompendo. Claro que existem os rompimentos de situações sufocantes, mas não são esses a que me refiro. Refiro-me àquelas que ainda esperamos que dê certo. Aquela relação que tínhamos tanta confiança (e por que não dizer esperança), que fosse duradoura. Aquele sentimento que sempre poderíamos contar com aquela pessoa.

Com todas as bobagens que já disse nesse um quarto de século, é lógico que já tive incontáveis separações e rompimentos desse tipo. Houve um tempo que minha língua era muito mais rápida que minha razão, (de certa forma ainda é, mas já me controlo um pouco mais), e por causa disso perdi algumas boas amizades. Certa vez até uma namorada muito legal, que deve ser chateada comigo até hoje... (Nesse momento confesso que até pensei em ligar pra ela e pedir desculpas). Bem, sempre nos sentimos mal (pelo menos deveríamos) quando fazemos, ainda que brevemente, aquele exame de consciência e chegamos à conclusão: “caguei”. Aí vem, às vezes, aqueles tardios pedidos de desculpas, fiascos, choros (particularidade, mas não exclusividade das “meninas”), flores, mensagens, incontáveis telefonemas, enfim, todo aquele “circo” que somos todos capazes de fazer. Nada mais natural. Nada mais humano que enfiar o pé na jaca estando com a cabeça quente e depois ver a grande besteira que fez.

Mas pra não fugir muito dos últimos textos aqui postados, vou falar um pouco de quando rompemos uma relação unilateral que criamos dentro de nós mesmos. Aquela que já falei, que “já fiz”, que “eu fiz você”. Sim, essa também é uma “separação” dolorosa. É a volta ao mundo real, as contas a pagar na segunda, as gravações que ainda preciso fazer, aos projetos de trabalho, as pessoas que ainda precisam um pouco da minha atenção e zelo. Agora enumero o que “ainda” tenho e vejo uma responsabilidade relativa quanto a isso. Não posso, infelizmente, viver um conto “shakesperiano” a sua espera, (sim, o texto tem destinatário). É uma pena não poder perder a razão em meus pensamentos pensando em ti, projetando e deixando-me projetar pela sua simples existência. Não que tenha perdido o metrônomo do seu caminhar, que ainda tem o mesmo “beat” do meu peito, ou que tenha sumido o encanto que apareceu no breve momento que seus olhos passaram pelos meus. Não é isso. É apenas a realidade, essa imposta a nossa (minha) situação.

É assim, com a realidade, que os cristais racham. Que os perfumes perdem o aroma, que a manhã de sol perde o calor dando lugar ao frio da própria existência. Foi assim que o espelho da minha alma quebrou. Quando fitei mais uma vez seus olhos e não me vi, ainda que embaçado, refletido neles.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

ENOLA GAY


Caminhou até o carro como quem caminha pelo corredor da morte. Já tinha esquecido todo o discurso que havia preparado porque transpirava emoção e nervosismo no trajeto. Pensou a cada sinal que passava se o vermelho era algum sinal para não fazer o que estava disposto. Prosseguiu. Ao chegar a encruzilhada da rua pensou mais uma vez, hesitou, mas com o Diabo ao pé do ouvido entrou na rua e estacionou. Caminhou com um passo tímido até o portão da casa dela com algumas flores na mão. Tocou o interfone. Respirou fundo, perdeu o olhar no azul do céu até a hora em que ela apareceu à porta, maravilhosamente “trajada” com roupas de “ficar em casa”. Nesse momento as palavras faltaram em sua boca, as ações em seu corpo, o oxigênio em seu cérebro. Ao se deparar com o olhar dela docemente “inquisidor” estendeu o braço que carregava as flores e entregou-as em suas mãos. Após alguns momentos de silencio absoluto de ambas as partes a adrenalina tomou conta do seu sangue e disparou: “Sabe quem perderá de verdade nessa situação? Você! Conheço sua alma, os seus defeitos, seu passado, suas falhas de caráter, suas invejas, agouros, sorrisos forçados e seus medos. Sua beleza externa não ofusca a verdadeira visão que tenho de ti. Não perco o foco do seu interior nas curvas dos seus vestidos. Não te vejo como conquista, nem como prêmio. Te vejo como a única “coisa” que existe no universo capaz de preencher o imenso vazio que oxida minha alma. Como os “bom dias” da minha vida. Como o sol que invade o final do inverno. Como o orvalho nas plantas. Como um raio de luz invadindo a escuridão infinita... E sendo assim, te ofereço a única coisa que tenho, minha vida. Essa que por sua vez dedicaria todos os dias a sua, sem reservas ou mentiras, te trazendo dia pós dia os “mimos” e esperanças de um novo amanhecer. Eu sei que não é muito, mas é o melhor que posso oferecer, e essa sinceridade você não vai achar em nenhum outro lugar do mundo. Existe outra maneira de dizer eu te amo?” O silencio ficou palpável no ar. A tensão condensava os sentimentos. Quando o telefone dela tocou e ela o entendeu com uma lágrima caindo pelo canto do olho, ele sabia exatamente o que estava acontecendo. Com um sorriso natural ela virou as costas para falar com sua “nova vida”, enquanto ele se tornava tão devastado quanto as duas cidades japonesas que o Enola Gay destruiu.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A “Quântica do meu eu”

Comovido como o Diabo. É exatamente assim que tenho andado me sentindo. Completamente a flor da pele que, como já diria Zeca Baleiro “qualquer beijo de novela me faz chorar (...) que meu desejo se confunde com a vontade de não ser”. Não quero parecer um dramaturgo mexicano no momento (ou até talvez para toda a vida), mas essa “comoção” anda me deixando meio confuso da “cachola”.

Fico confuso com todas as máscaras que posso usar. Com todos os personagens impressos na minha alma que, muitas vezes, até eu estranho. A quântica do meu “eu” fica mais assustadora aos meus olhos a cada momento que descubro alguma “novidade” sobre mim. Um perfeito pesadelo sóbrio do “cara que vejo diante do espelho”. As cartomantes e afins que me desculpem, mas essas “vidências” originais das conversas de salões de beleza, aquelas do tipo “você encontrará alguém especial”, “seu namorado ou namorada pensa em outra pessoa às vezes” (nada mais lógico caros “jumentos” crentes em tais coisas) são puras besteiras. Carregamos conosco todas as possibilidades das faces humanas. Ora podemos ser ternos, meigos, queridos, gentis e amáveis. Como ora podemos ser maus, fofoqueiros, pregadores de discórdia, discípulos da dor, assassinos da beleza (porque não dizer da vida). Podemos ser tudo aquilo que vemos em outros da nossa espécie. Basta um “pequeno” fator desencadeador.

Eis que então ocorre um “fator desencadeador” com esse que aqui escreve. Será que depois de fazer “faculdade” em decepções afetivas posso ainda crer que exista vida após o amor para recomeçar? Começo a acreditar que sim... infelizmente (ou felizmente, porque o sentimento é meu e “que se foda o alvo”). Ah como era é bom me sentir neutro, sempre pronto para qualquer “aventura” que aparecesse. Segunda, terça. quarta, quinta, sexta, sábado e domingo (o dia preferido), qualquer dia era dia de “conhecer” uma mulher nova. Bem coisa de “jaguara”, mas é assim que sou, ou melhor, era até o momento. (momento de tensão)... Nada mais normal se eu dissesse agora “tô namorando e feliz”. “Encontrei uma pessoa especial e bla bla bla”. Mas não... Continuo “neutro”, entretanto, talvez apaixonado. Ainda não sei dizer ao certo porque já faz tanto tempo que esqueci como é estar (se sentir) assim. Mas o fato é que a possibilidade é grande.


Agora em vez de ser amável ao primeiro e geralmente único encontro e depois sumir, (que coisa mais cretina de se admitir), começo a ter a estranha vontade de criar o primeiro encontro e ali permanecer. Trocar as velhas desculpas “tenho que acordar cedo” (é possível?!), “amanhã tem show”, “preciso ir pro iL Brasco”, pela sinceridade da pergunta “posso dormir com você hoje?”. Tenho tentado fielmente ser o “bom e velho canalha” com minha “vítima” atual, essa mesma da “paixonite”, mas não estou tendo sucesso. Acabei sendo eu a vítima. E o pior, vítima voluntária, uma vez que, mesmo sendo uma situação unilateral, estou estranhamente feliz com o mais novo (velho) sentimento que reencontrei. Tudo bem, dessa vez não deu certo e vou ter que curar “a dor de corno” em “coxa de china”, mas é bom saber que ainda tenho essa capacidade. Quem sabe da próxima vez...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Eu fiz você

Tenho grandes dificuldades com desenhos, pinturas, esculturas. Quando “guri” na escola era péssimo com a tal da argila. Meus “coleguinhas” faziam coisas bonitas e identificáveis com o tal barro, enquanto eu fazia enormes cocozões e dizia “profe, isso é um pônei”. Era tamanha a dificuldade com o negócio que encorajar o moleque de seis anos, cabelo com corte de pinico e desbocado pra chuchu poderia até ser considerado um atentado contra a arte infantil. Eu era (sou) realmente péssimo com esculturas.
Compensando ou não, sempre tive uma imaginação muito boa. Na minha cabeça as esculturas ficavam lindas, cheias de vida e definições. Dentro da minha cuca Michelangelo passaria vergonha com as dele. Com essa habilidade então, a pouco tempo atrás “esculpi” uma moça. Bem, ela já tinha traços bonitos, lindos na verdade, era barbada fazer o resto. Bastava olhar nos seus olhos enquanto ela educadamente falava comigo com sua voz angelical e imaginar o resto. “Esculpi” a sua companhia, os abraços de carinho, os beijos, as palavras de consolo nos momentos oportunos, os “mimos” que daria a ela, os sorrisos, as noites, dias e manhãs de amor. Era tudo perfeito. Enquanto aspirava seu perfume imaginava a textura da pele, as massagens que faria nela após qualquer dia de estresse que eventualmente pudesse ter, os cafés na cama, as ligações “banais” somente para dizer “estava pensando em ti”. Enfim, esculpi toda uma situação na minha própria cachola sem ela tomar conhecimento. Imaginei todo aquele cenário meloso, (que todo mundo diz ter ódio e ser cafona mas quer ter), sem ela nem sonhar que pudesse estar fazendo isso. Sensacional! Aí, tal qual o escultor famoso que disse a sua obra “parla”, acreditei na minha própria criação. É um erro colocar a arte no mundo real. A arte não existe nesse lugar.Quando me dei conta que como antigamente acontecia com a argila não poderia exteriorizar minha “obra de arte”, meu pequeno mundo imaginário se perdeu nas aquarelas e descoloriu. Não perdendo seu encanto, mas sim a viabilidade da situação. Era presunção demais achar que a “Vênus de Milo” (a minha tem braços) que todos observavam “catatonicamente” maravilhados, prenderia ser olhar por mais de cinco minutos no “menino com cabelo de pinico”. Pensei pra mim mesmo, “eu fiz você”, “como te criei posso te destruir dentro de mim”, “quem ela acha que é pra ficar nos meus pensamentos?”. Pensei várias coisas, mas, além de não conseguir, achei que seria uma pena acabar com a “escultura” idealizada. “Te fiz pra mim”. E sendo assim, em mais um ato de puro egoísmo meu, mas sem ferir ninguém, “guardei ela” no “museu” dos móveis velhos dos meus pensamentos.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Maravilhas do Zetron

Que tipo de pessoa é tão estúpida a ponto de ser premiada com o direito de viver saudavelmente e escolhe todos os dias ingerir arsênio em 25 “cápsulas” diárias? Eu, André Scheid, fumante.
Sou fumante a alguns anos dos clássicos Marlboros vermelhos. Deliciosos cigarrinhos que sempre que você termina um tem logo vontade de acender outro. É um hábito gostoso, que anestesia toda a solidão que eventualmente (?) sinto. Acompanhado de um café e um bom papo torna um simples momento único no seu dia. O problema é que mata. E geralmente de maneira dolorosa, de doenças que o “infeliz” demora e sofre pra morrer. Então, porque as pessoas fumam? Sei lá, mas eu fumo e estou preocupado com minha saúde.
Tentei várias vezes parar de fumar, todas não tiveram sucesso. A alteração de humor acabava “fodendo” a frustrada tentativa. Acabei relatando isso ao meu psiquiatra, um cara “velhinho”, muito “gente fina” e que sabe das coisas. Aí ele me veio com o milagre: ZETRON! Um remédio capaz de tirar a vontade de fumar, a ansiedade, o mau humor, a reclamação dos não fumantes e a alegria do cara do posto que compro cigarro. Ou seja, uma maravilha!!! Demorei para acreditar que era tão simples! Fiquei radiante, emocionado, feliz! Na mesma tarde voltei a correr, fiz planos para aumentar o número das minhas atividades físicas (sexo não conta nesse momento). Ou seja, minha vida mudou naquela tarde! Pra pior...Acontece que fiz parte da pequena estatística de pessoas que não param de fumar com o tal remédio... E de uma forma “inusitada”, como já diria meu amigo Xandy, acostumando com o gosto ruim do cigarro! Isso mesmo! Os maravilhosos “marlborinhos” passaram a ter um gosto horrível pra mim. Semelhante ao primeiro cigarro que coloquei na boca em minha vida, um Free! Aquele da propaganda de TV que dizia “questão de bom senso” ( enfia esse “bom senso” no c...) Agora fumar pra mim passou a ser algo que “sofro” com o gosto “podre” do cigarro. Mas não paro. Consegui diminuir o número de “cápsulas de arsênio” para “apenas” 15 diárias. Mas firme e “forte” me mantenho fumando. Acho que estou tentando um longo e doloroso suicídio que com certeza terá êxito.

Meio cansado das coisas...

Bem, meu primeiro texto do meu primeiro blog não poderia começar diferente: reclamando. Quem me conhece sabe, domingo (dia que estou escrevendo) é sempre o dia que escolho pra reclamar (mais) das coisas que me chateiam. Esse domingo (5/10) aconteceu uma mera coincidência, foi o dia das eleições para prefeito e vereador. E como detesto política não poderia deixar esse assunto passar em branco. Alias, “branco” deveria ter sido meu “infeliz” voto. Teria sido mais sincero comigo mesmo.
Nesse exato momento estou sentado aqui no iL Brasco, em frente ao computador, ouvindo milhões de buzinas e gritos de comemorações dos carros que passam na rótula da Marcílio Dias. Me atrevi a dar uma espiada para ver o que estava acontecendo. Carros com bandeiras, gente pendurada para fora dos carros também com bandeiras, motoristas gritando segurando cervejas, jingles dos candidatos no último volume nos rádios... Nem Dante conseguiria imaginar uma cena dessas na sua época... Deveria ter ficado feliz, afinal de contas, votar é um exercício de cidadania, uma legitimação da democracia do Estado Democrata de Direito do Brasil. Mas não fiquei. Não consegui ter nenhum ânimo com aquela cena. Na verdade não acredito mais nas pessoas envolvidas na política. Não estou querendo ofender ninguém, mas cá entre nós, saí governo entra governo e o que muda são só os penteados e a marca do gel dos candidatos. Ah, não esquecendo, mudam as cores das bandeiras também, mudam os carros dos “candidatos” ao final do mandato deles, mudam as frases ditas nas campanhas, mudam as atenções dadas aos eleitores quando já estão eleitos... Pensando bem, muda muita coisa em quatro anos de governo...
Só o que não muda é a situação do tão sofrido povo, que ainda tem “esperança” (ou fome, porque em época de eleição se come bem) de que alguma coisa mude. Eu não tenho mais essa esperança. Mas ainda quero ser contrariado em minhas atuais perspectivas.
Até lá, vou continuar achando que nesse domingo os “eleitos” estão apenas comemorando os futuros escândalos que vão se meter e as possíveis Mercedes com bancos de couro que poderão comprar ao final de seus mandatos...