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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dunga?


Tem uma coisa que gostaria de saber. Por que o Carlos Caetano tem o apelido de Dunga? Até onde sei, “Dunga” é um dos sete anões da Branca de Neve, famoso clássico infantil dos irmãos Grim. Na fábula, os sete anões são: Soneca, Dengoso, Dunga (o único que não tinha barbas e não falava), Feliz, Atchim, Mestre e Zangado. Pelo visto, quem apelidou o “Dunga” de “Dunga” não leu o famoso conto. É evidente que pela lógica “Dunga” só poderia ter um apelido, mas caso alguém não tenha usado a lógica ainda vamos analisar cada um dos sete anões.

O treinador da seleção poderia ter o apelido de “Soneca”?

- Senhor Soneca, por que o senhor não convocou o Ronaldinho Gaúcho?

- Ah, eu estava com muito sono e “zzzzz”... ai pensei bem e “zzzzz”....

Não dá né! O Dunga não tem preguiça de trabalhar. Ou então:

- Dengoso, quem será o substituto do Kaká contra Portugal?

- Eu acho o Kaká tão fofo que nem consigo pensar em alguém para o lugar dele.

Puta que pariu! De jeito nenhum mesmo. Não combina com o cara.

- Feliz, o que o senhor acha da sua fama de retranqueiro?

- Eu fico todo orgulhoso e muito contente com todos me chamando de retranqueiro e me criticanto o tempo todo. O Brasil é um país tão bonito, com pessoas tão legais e eu amo de coração a imprensa e toda a equipe da Rede Globo!

Bah, aí é de foder! Quem sabe então o próximo da lista. Atchim:

- Não posso dar essa coletiva hoje, atchim... porque estou, atchim... com uma alergia, atchimmmmmm... a jornalistas, ATCHIMMMMMMMMM!!!

O Dunga também não faz bem o papel de doente.

Mestre, poderiamos chama-lo de Mestre? Porra, daí é forçar a barra também...

O “Dunga” só poderia ser o Zangado! Quem deu o apelido para o nosso comandante da seleção estava completamente equivocado. O último episódio com o repórter da Sportv Alexandre Escobar mais uma vez provou isso. Por mais que ache que o senhor “Zangado” tenha razão de mandar alguns jornalistas a merda, é claro que não é uma postura que combina com o cargo que ele ocupa. Mas vamos olhar pelo lado positivo: o “Zangado” (vou começar a chama-lo assim), fez o que todos nós gostariamos de fazer com esses comentaristas esportivos. Eu tenho uma vontade tão grande de chamar o Mauricio Saraiva da RBSTV e o Kenny Braga da Rádio Gaucha de “cagão”, “filho da puta”, “burro”, “chato”, tal qual o Zangado fez. Todos eles acham que são técnicos! Que sabem mais que todos (assim como nós). Só que com uma diferença: o veiculo e o alcance das suas declarações. Muitas vezes, assim como as do Zangado, tais declarações ou comentários não correspondem ao cargo que eles ocupam. Sendo assim, “Zangado”, tô contigo e não abro! Manda eles a merda! Mas eu queria dar um palpite na tua escalação, acho que se tu fizeres um esquema com o Robinho no meio, Nilmar na frente..
Brasileiro falando de futebol é foda!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A Paixão do Tango


E o que dizer da Argentina até agora na copa? A Argentina canta, dança, beija e encanta. Até então, os hermanos estão com todas as características de uma equipe campeã. Tem um grande time, um grande craque (Messi), vontade de vencer e não tem um grande técnico, têm o Maradona. Maradona não é um técnico de futebol. Não é um comandante. Está bem longe de ser um exemplo para o esporte. Maradona é um rockstar sem uma guitarra. É a figura mais controvérsa da história do futebol.

O ano era 1986 e eu tinha poucos anos de vida, mas me lembro de uma frase dita pelo meu pai: “Foi com a mão!”. Ele se referia ao gol histórico do Maradona contra a Inglaterra. Lembro-me também que nos anos posteriores, todos na minha escola na hora da pelada do recreio narravam jogadas do Maradona com a bola nos pés. Algo tipo, “aí vai Maradona, passou por um, por dois, por três, gol!!!” Todos queriam jogar como ele. Todos acordavam cedo para ver os jogos do Napoli na Band. É difícil dizer qual foi o guri dos anos 80 que não quis ser o Maradona com a bola nos pés. Claro que na época, nós as crianças, não entendíamos os vícios do craque. Não sabíamos ainda o que era cocaína e também não tínhamos a menor idéia das confusões que os jogadores aprontavam. Nós, eu, só queríamos dançar com a bola nos pés e gritar “gol do Maradona!!!” Não vimos o Pelé jogar, somente em vídeos e na minha opinião o Maradona nem chega perto dele (o Pelé tem três copas do mundo, o Maradona só uma), mas mesmo assim, para nós ele era o maior do mundo.

Mas agora falando do Diego Armando técnico, acho que ele tem algumas coisas que o faz ser o personagem da copa. Primeira, ninguém explora o marketing como ele. É o rei absoluto dos jornais, com as declarações mais polemicas do mundial. Beija seus jogadores até na boca (“nosfffa, tô bege”) para os fotógrafos. Segundo, ele não é um técnico, não é um comandante, ele é um jogador a mais na Argentina. Ele não precisa teorizar para seus jogadores, ele mostra como se faz. “É assim que se lança”, e vai lá e faz um lançamento “foda” nos treinos. Sabe como a bola quer ser tratada. Sabe como pouquíssimos no mundo como se joga futebol. Terceiro, o tango. A Argentina joga com a pátria nos pés e com o coração embalado pela paixão de uma nação. A Argentina se doa e joga com respeito ao próprio povo. Não sei se a Argentina será campeã, espero que não. Torço pelo Dunga, apesar de não simpatizar com ele. Mas uma coisa é certa, o “Keith Richards” dos gramados vai incomodar muito nesse mundial.

terça-feira, 15 de junho de 2010

“Duas tequilas e uma ceva”

- Duas tequilas e uma ceva, por favor.

O garçom prontamente atende ao pedido do solitário cavalheiro sentado no balcão que prontamente devora as tequilas e vira a ceva.

- Mais duas tequilas e mais uma ceva, por favor, senhor.

O garçom mais uma vez atende ao pedido do cavalheiro que outra vez devora rapidamente as duas tequilas e vira a outra ceva.

- Senhor, por favor, me dê mais duas tequilas, uma ceva e uma água sem gás.

Claramente intrigado com o sujeito a essa altura, o garçom serve as duas tequilas, coloca a ceva no balcão ao lado da garrafa de água sem gás pedida. O sujeito, já cagado de bêbado, vira as duas tequilas, vira a ceva e vira também a água, essa última não pela garganta, mais sim sobre a cabeça. O garçom já meio chocado com a cena incomum pergunta ao sujeito:

- Meu caro amigo, por que a pressa de ficar tão bêbado em tão pouco tempo?
O sujeito responde:
- Economia de tempo. Agora me dá mais duas tequilas, uma ceva, um Martini, um sex on the beach, um campari, uma vodka em um copo de shot, uma amarula, uma água sem gás e um esparadrapo.

Nesse momento o garçom faz uma cara de apavorado e de extrema incompreensão com relação ao pedido do sujeito. O cavalheiro, bêbado, porém não burro, percebeu a cara do garçom e explicou:

- Uma tequila o senhor serve para mim. A outra para aquela bela morena de peitos grandes e tatuagens no fim do balcão. A ceva também é para mim. O Martini vai para aquela loira com carinha de adolescente que ta parada naquela mesa, por ser jovem ela deve gostar de bebidas doces e fracas. O drink, sex on the beach, tu levas para aquela tigresa preparada aqui do lado, porque já é sugestivo como o decote dela. O campari é um cumprimento ao vocalista da banda que está tocando que é amigo meu a longa data. A vodka é para o meu amigo que ta rasgando aquela mocreia na entrada do banheiro, estou tentando ajudar ele a deixar ela mais bonita, se é que o senhor me entende. A amarula é para mocreia, porque tem que ter algo doce naquela cara azeda, e a água sem gás vou virar na minha cabeça, de novo, para ver se consigo falar com alguma delas depois se um dos meus drinks oferecidos tiver efeito.

Por mais que o raciocínio do sujeito tivesse uma lógica, o garçom ainda estava intrigado com o último pedido, o esparadrapo. Então perguntou:

- Senhor, e o esparadrapo, faço o que com ele?

Prontamente o bêbado respondeu:

- Esse é para o senhor colocar na própria boca, porque explicação só se da para porteiro de zona.





Quanta “finéssi”...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Silvio Rodriguez - Ojala

Uma das belas canções do poeta cubano Silvio Rodriguez. Quem ainda não conhece confere lá no youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=u80ocuvZxmY



Ojalá
Ojalá que las hojas no te toquen el cuerpo cuando caigan
para que no las puedas convertir en cristal.
Ojalá que la lluvia deje de ser milagro que baja por tu cuerpo.
Ojalá que la luna pueda salir sin tí.
Ojalá que la tierra no te bese los pasos.


Ojalá se te acabé la mirada constante,
la palabra precisa, la sonrisa perfecta.
Ojalá pase algo que te borre de pronto:
una luz cegadora, un disparo de nieve.
Ojalá por lo menos que me lleve la muerte,
para no verte tanto, para no verte siempre
en todos los segundos, en todas las visiones:
ojalá que no pueda tocarte ni en canciones


Ojalá que la aurora no dé gritos que caigan en mi espalda.
Ojalá que tu nombre se le olvide a esa voz.
Ojalá las paredes no retengan tu ruido de camino cansado.
Ojalá que el deseo se vaya tras de tí,
a tu viejo gobierno de difuntos y flores.



Agora a tradução:

Tomara
Tomara que as folhas não toquem seu corpo quando caiam
Para que não as converta em cristal.
Tomara que a chuva deixe de ser um milagre que baixa pelo seu corpo
Tomara que a lua possa sair sem você.
Tomara que a terra não beije seus passos


Tomara que acabe o seu olhar constante
A palavra precisa, o sorriso perfeito.
Tomara que aconteça algo que te apague rapidamente
Uma luz que cega, um disparo de neve.
Tomara que pelo menos a morte me leve,
Para não te ver tanto, para não te ver sempre
Em todos os segundos, em todas as visões.
Tomara que eu não possa te tocar nem nas canções


Tomara que a aurora não dê gritos que caiam nas minhas costas.
Tomara que o seu nome não se esqueça dessa voz
Tomara que as paredes não retenham o ruído do caminho cansado
Tomara que o desejo se vá atrás de ti,
Para seu velho governo de defuntos e flores.