Quem sou eu

Minha foto
Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Toma no cu"

Tenho tido medo da minha própria intolerância. Minha paciência, ou a falta da mesma, tem me transformado numa pessoal cruel, seca e indesejável pelas demais. Seja pela linguagem que tenho utilizado, geralmente direta e com palavras fortes, além dos palavrões ilustrativos, ou pelos próprios movimentos faciais de desprezo. Tenho semeado um indigesto sentimento das demais pessoas com a minha presença. Claro que muitas vezes isso já é um tiro para que saiam de perto de mim, para um determinado grupo é claro. Entretanto, outras vezes é sem querer, além de provocar reações que eu mesmo nem queria. Motivos para isso? Esses eu tenho, com certeza. Agora, se são legítimos ou não, bem isso é outra historia.

Creio que se mais alguém acompanha esse blog, deve saber ao menos um pouco da minha história. Deve saber um pouco como são as regras da cidade onde moro. Bem, certa feita eu tive uma casa noturna. Essa mesma teve um sucesso local significativo, posso assim dizer. Até então tudo certo, se não fosse o fato de eu ter 21 anos na época da inauguração. Encurtando o enredo, fiquei bem deslumbrado com a pequena e frágil “babilônia”. Era tudo fácil e divertido. Bem, quando isso acabou, quando a festa encerrou e os ratos e baratas tomaram conta do ambiente, quando o ciclo acabou... Bem... Foi possível ver que não tinha tantos amigos assim. Foi possível ver o quanto tudo isso é falso, juntamente com muitos de seus personagens, e o quanto isso pode fazer de estrago numa criança. Sim, eu tenho consciência de ter sido bem ingênuo em alguns aspectos nesse período. Hoje, sem traumas sobre isso, um psiquiatra resolve bem o problema. Mas fica a barreira quando encontro muitas dessas pessoas.

Por outro lado, fiz bons amigos nessa época. Bons mesmo. Encontramos-nos com alguma freqüência e isso é algo muito prazeroso na minha vida. Só para registrar, já que esse fato não tem nada a ver com a minha intolerância atual. Além disso, só a fim de registro mesmo, um fato bem legal disso tudo foi reencontrar muitos dos amigos “esquecidos”, engolidos pelos perfumes da noite. Esses mesmos deixam a vida bem mais divertida.

Agora, voltando ao assunto do texto, ando muito de saco cheio. Muito! A regra hoje das opiniões, no geral, é “falo o que quero para você e obrigatoriamente terás que concordar comigo”. Que coisa estranha isso né? Há pouco tempo fiz um perfil de Facebook, com o intuito de encontrar algumas pessoas legais que não tinha mais contato. Não querendo bancar o pseudo- intelectual, nem tenho pretensão de ser um real, mas os níveis de coisas estúpidas que tenho lido têm deixado minhas bolas trincadas. É demais. É horrível. É triste. E o pior: é sério. Tais opiniões têm um caráter de seriedade nos autores. Eles realmente têm essas idéias. Não é humor. Ou melhor, até é né...

Enfim, apenas justificando mais o titulo, agora que minha vida começa a tomar um rumo prazeroso de novo, que as coisas estão mais calmas, que as noites de sono são bem dormidas, ainda existem alguns seres bestas que dão o velho ar da graça. Aqueles mesmos que quando mais precisei, que se diziam meus amigos, que batiam nas minhas costas, querem ter um contato um pouco mais chegado. Tomar no cu! Tudo bem, podemos dizer que as pessoas são assim mesmo e bla bla bla, e eu sei disso. Talvez seja um dos últimos humanistas reais. Mas não creio que isso seja uma atitude tão humana. Tenho uma crença, estúpida, que uma atitude humana é escrever um desabafo como esse, tomado pela emoção. Mau? Sem coração? Eu sou esse mesmo ou quem agora quer um breve contato é que é? Estranho né... Bem, finalizando: Não tenho olhado para o passado, só quero saber do que vou encontrar quando virar a próxima esquina. E antes que isso fique muito poético, até porque não é a fase atual, “vão tudo se foder”. ;)

Os: desculpe eventuais erros. Não pensei na construção e nem corrigi esse texto. Perderia a naturalidade.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tenho lido bastante esse "sujeito" aí. Fica a dica para quem não conhece. Guilherme de Almeida.


O Ciúme - Guilherme de Almeida



Minha melhor lembrança é aquele instante no qual

Pela primeira vez, me entrou pela retina

Tua silhueta, provocante e fina

Como um punhal

Depois, passaste a ser unicamente aquela

Que a gente se habitua a achar apenas bela

E que é quase banal.

E agora que te tenho em minhas mãos e sei

Que os teus nervos se enfeixam todos em meus dedos

E os teus sentidos são cinco brinquedos

Com que brinquei

Agora que não mais me és inédita; agora

Que eu compreendo que, tal como te vira outrora

Nunca mais te verei

Agora que de ti, por muito que me dês

Já não podes dar a impressão que me deste

A primeira impressão, que me fizeste

Louco talvez

Tenho ciúme de quem não te conhece ainda

E cedo ou tarde te verá, pálida e linda

Pela primeira vez.