
Com uma calma de cordilheira ela espera
Passa os olhos sobre palavras que nem lê
Viaja pelo tempo, senti a temperatura
Que se passa nas tuas idéias, mulher da sala de espera?
Que pensamentos fervilham em tua cabeça?
Por quais lugares teus pés beijaram o solo?
Qualquer manifestação, assim quase imploro,
Da mulher da sala de espera.
Quantos papéis já gastastes para registrar tuas memórias?
Ou será que queres o dom de esquecer.
Talvez, referindo-me ao incerto, nem sabes qual a intenção
Que tem a mulher da sala de espera,
com olhos cheios de razão.
No partir, dirigiste um olhar inquisitório a mim
Deixando-me assim com mais dúvidas.
Aonde vais mulher da sala de espera?
Nas ruas, nos guetos, na noite,
depois dela,
Em qualquer esquina que viro o inesperado me espera pacientemente.