Quem sou eu

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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sobre a Saudade

Tocar com os pés a areia e ouvir o mar compor melodias tristes no espumar das ondas. Até a brisa da praia vem sussurrar ao meu ouvido repetitivamente teu nome. E a linha reta do horizonte se rendeu e desenhou tuas curvas. Onde quer que mire, teu sorriso debochado está sempre me aguardando.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Sobre o Tempo

Curioso, a melhor maneira de usufruir e desfrutar do maior ativo, o tempo, é desperdiçá-lo e deixá-lo se esgotar, compartilhando da tua presença. Muito perde quem o preserva, ocupado das coisas importantes e tanto supérfluas, perdido nas águas solitárias das angústias e preocupações. Meu ativo, minha época, meu tempo, tem como água corrente o destino de ser eternizado ao lado teu.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre os intervalos.

Nos intervalos da vida permito-me fingir que te esqueço.

domingo, 25 de setembro de 2011

De coração

De coração aberto te desejo que não sejas mais tola. Que não penses que o universo esta contra ti. Que não penses que todas as pessoas têm inveja da tua singular beleza, essa mesma que te deixa tão frágil e insegura. Desejo-te, com todos os restos da minha alma que ainda me faz hora que outra, humano, que sintas um pouco, ao menos um pouco, a tua condição de ser somente mais um ser. Claro que de forma saudável, pois tenho certeza, e não dúvidas, do quanto te sentes deslocada, abandonada e porque não dizer assim diferente. Também te desejo que caia sobre a tua moleira a justiça. Para que assim entendas o valor da família, do amor, da compreensão e do perdão. Desejo-te, na minha condição duvidosa, que reconheças o amor quando o mesmo realmente aparecer. Que entendas que tal sentimento nada mais é que o reflexo perfeito da natureza humana, repleta de defeitos e odores intragáveis. Aproveite o amor. Ande de mãos dadas ao pôr – do - sol. Aceites o simples “eu te amo” e verás como naturalmente teus lábios desenharão a escrita de uma sincera resposta. Entendas. Entendas muito. Quem muito entende corre o sério risco de um dia ser entendido. Aquele que nada quer entender terá no seu futuro o desencontro da compreensão. Ame. Não interessa o quanto doer. Ame. Desejo que ames os teus, teus momentos, tuas glórias, tuas derrotas, tua euforia, tua dor. Ame. Nunca deixe de amar. Quando o amor em nós seca, nega a condição de seres amorosos que somos. Sem amor somos zumbis. E por fim te desejo que aceites minha oração. Não terei mais chances de te dizer o que aqui está escrito. Quando a vida se impõe a nós, com a implacável ação do tempo, não nos resta artifícios para salvar-se da batalha. Minha hora, meu tempo, minha vida, contigo acabou. Portanto, te desejo que aceites minha oração e minha condição hoje de árvore seca. Pois se te desejo tudo acima, é porque o mesmo em mim não transcorre e sei que estou tão somente à espera do quando.

domingo, 11 de setembro de 2011

Reencontro

A ansiedade me consumia por saber da tua chegada. Tinha a confirmação da tua presença, pronunciada aos quatro cantos nas bocas das pessoas. Aguardei pálido, cético e porque não dizer, de certa forma, aparentemente indiferente. Mas não estava. Qualquer um que fixasse o olhar na inquieta expressão dos meus traços sabia que um frio cortante e agudo se encontrava na boca do meu estomago. Disfarcei. Fumei. Bebi. Nada aliviou minha tensão. A cada minuto, a cada segundo, te procurava para saber se já estávamos dividindo o mesmo ar. Nada. Nenhum único sinal. De repente, e já plagiando, “não mais que de repente”, refletiu-se a luz na maciez deslumbrante da tua pele. Congelei. Escondi-me. A freqüência da tua voz tornou-se única aos meus ouvidos naquele ambiente tão barulhento. Eis que no exato momento em que uma breve paz desafiava a gravidade, fazendo-me levitar ao te acompanhar com os olhos, me vistes. De pronto, vesti meu corpo tímido, inseguro e nu com toda a prepotência e arrogância que havia nas velhas gavetas do meu peito tão machucado. Com essa atitude tão conhecida de ambos, descruzei o olhar. Cego com a máscara petulante, não vi avançares o terreno e ocupares meu espaço. Com a umidade dos teus lábios trêmulos e a malicia da tua língua acariciando o cintilante dos teus dentes, desferistes a minha pessoa, com as toneladas da mais dura ferroada, o tiro misericordioso em forma de um receptivo e discreto “olá”. Como a característica principal da insegurança é a falsa indiferença, acenei com um simples gesto de “Gulliver” e me retirei do espaço. Tantas negações e aproximações desencontradas fazem da nossa história a comédia mais sem graça já vista.

Pela capacidade de compartilhar

Já tive mais energia para te amar. Já tive mais vontade de te amar. Mais dedicação, mais disposição. Eu já quis mais. Bem mais. Assim, para te dizer a verdade, eu já fui desesperado. Eu já ansiei, já esperei, já torci e “mandiguei”. Mas chorei, sabes. Chorei demais. Sofri demais. Entretanto, agora não sofro. Não me dói saber o que fazes. Não me dói saber com quem estás. Também não me dói saber que prometes o que nem mesmo é mais teu. (me refiro ao teu próprio corpo e coração, que não governas ou preserva) Na verdade, não sinto nenhum pesar ao pensar ou saber de ti. Mas tem uma coisa que me incomoda sempre: saber que somos dois completos imbecis que carregam o mesmo sentimento e que não têm a menor capacidade de compartilhá-lo.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Cicatriz

Aos ruídos maliciosos passaram-se os anos
Deixando assim somente ruínas e flores mortas
No compasso das minhas direções tortas,
Esculpi os traços finos dos meus critérios.
Fiz de mim a figura de um anjo torto
O senhor do vazio, a ser mais um sorriso sem razão
Único, disfarçado na penumbra,
Longe da clara e falsa ilusão.