Quem sou eu

Minha foto
Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A “Quântica do meu eu”

Comovido como o Diabo. É exatamente assim que tenho andado me sentindo. Completamente a flor da pele que, como já diria Zeca Baleiro “qualquer beijo de novela me faz chorar (...) que meu desejo se confunde com a vontade de não ser”. Não quero parecer um dramaturgo mexicano no momento (ou até talvez para toda a vida), mas essa “comoção” anda me deixando meio confuso da “cachola”.

Fico confuso com todas as máscaras que posso usar. Com todos os personagens impressos na minha alma que, muitas vezes, até eu estranho. A quântica do meu “eu” fica mais assustadora aos meus olhos a cada momento que descubro alguma “novidade” sobre mim. Um perfeito pesadelo sóbrio do “cara que vejo diante do espelho”. As cartomantes e afins que me desculpem, mas essas “vidências” originais das conversas de salões de beleza, aquelas do tipo “você encontrará alguém especial”, “seu namorado ou namorada pensa em outra pessoa às vezes” (nada mais lógico caros “jumentos” crentes em tais coisas) são puras besteiras. Carregamos conosco todas as possibilidades das faces humanas. Ora podemos ser ternos, meigos, queridos, gentis e amáveis. Como ora podemos ser maus, fofoqueiros, pregadores de discórdia, discípulos da dor, assassinos da beleza (porque não dizer da vida). Podemos ser tudo aquilo que vemos em outros da nossa espécie. Basta um “pequeno” fator desencadeador.

Eis que então ocorre um “fator desencadeador” com esse que aqui escreve. Será que depois de fazer “faculdade” em decepções afetivas posso ainda crer que exista vida após o amor para recomeçar? Começo a acreditar que sim... infelizmente (ou felizmente, porque o sentimento é meu e “que se foda o alvo”). Ah como era é bom me sentir neutro, sempre pronto para qualquer “aventura” que aparecesse. Segunda, terça. quarta, quinta, sexta, sábado e domingo (o dia preferido), qualquer dia era dia de “conhecer” uma mulher nova. Bem coisa de “jaguara”, mas é assim que sou, ou melhor, era até o momento. (momento de tensão)... Nada mais normal se eu dissesse agora “tô namorando e feliz”. “Encontrei uma pessoa especial e bla bla bla”. Mas não... Continuo “neutro”, entretanto, talvez apaixonado. Ainda não sei dizer ao certo porque já faz tanto tempo que esqueci como é estar (se sentir) assim. Mas o fato é que a possibilidade é grande.


Agora em vez de ser amável ao primeiro e geralmente único encontro e depois sumir, (que coisa mais cretina de se admitir), começo a ter a estranha vontade de criar o primeiro encontro e ali permanecer. Trocar as velhas desculpas “tenho que acordar cedo” (é possível?!), “amanhã tem show”, “preciso ir pro iL Brasco”, pela sinceridade da pergunta “posso dormir com você hoje?”. Tenho tentado fielmente ser o “bom e velho canalha” com minha “vítima” atual, essa mesma da “paixonite”, mas não estou tendo sucesso. Acabei sendo eu a vítima. E o pior, vítima voluntária, uma vez que, mesmo sendo uma situação unilateral, estou estranhamente feliz com o mais novo (velho) sentimento que reencontrei. Tudo bem, dessa vez não deu certo e vou ter que curar “a dor de corno” em “coxa de china”, mas é bom saber que ainda tenho essa capacidade. Quem sabe da próxima vez...