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Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

sábado, 17 de dezembro de 2011

Últimas palavras

Poderia dizer que é fácil ou simples. Na verdade, um simples poder de síntese resolveria essas últimas linhas mal escritas. Mas não, não é. Não fácil falar com alguém, ou quem sabe mais de uma pessoa, sabendo que é a última vez. Sim, definitivamente, a última vez. Algumas vezes blefamos, queremos atenção, queremos que alguém realmente se importe com o vazio que o silencio da nossa própria voz pode deixar. Mas não. Hoje, e não mais que hoje, não é o caso.
Sem enrolar muito, venho a quem possa interessar deixar algumas poucas palavras que justifiquem minha ausência. Não tenho o hábito de deixar qualquer coisa mal resolvida, então, nada mais justo que a dura verdade. Cansei. Desculpa, mas cansei. Não por fraqueza ou falta de forças para seguir em frente. Não é isso. Cansei das pessoas. Cansei do mundo. Cansei da forma egoísta, estúpida e nada solidária que a humanidade caminha. Cansei de tentar viver e me encaixar em algo que não serve no meu interior mais profundo. Casei do desvio de caráter que tenho que ter para ser socializado. Sendo sincero, cansei da utopia que me leva a caminhar a lugar algum, de crer em conceitos de caráter, doação ou fraternidade. Cansei de caminhar. Cansei de correr. Cansei. Simplesmente, não achei mais propósito. Não achei mais nada que seja válido acreditar. Nem mesmo na minha própria integridade (tão corrompida por mim mesmo nos últimos tempos). Não acredito mais na minha própria capacidade, seja ela qual for. Eu quero sair!
Por fim, não pensem que estou triste, doente ou delirante. Encontrei-me comigo mesmo. Desculpa a franqueza, mas delirante são vocês que ainda acham que tudo isso tem algum sentido. Acho que até houve um dia, mas não há mais.
Então, deixo a quem possa interessar um único conselho pertinente: compartilhe o amor. E o motivo é simples. É o único sentimento, ou coisa dentre tantas, capaz de suprir o vazio da alma. O resto é “conversa fiada”.  
Esse em mim, o amor, não existe mais. Nem mesmo uma simples esperança.
Sem mais.
Desculpa pai. Desculpa mãe.