Quem sou eu

Minha foto
Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Perdi o romantismo – cultivarei e esperarei o processo

Eu não quero crer no conto. Tanto que não o conto adiante. Eu não quero crer que hoje seja o último dia. Mesmo porque já passamos da meia noite. Não quero crer que seja para sempre, até porque o para sempre, sempre dura muito pouco. Também não quero acreditar e contentar com o pouco, mesmo que o pouco seja a dor mais forte que possa suportar. Não vou acreditar no ódio, esse mesmo que te faz pensar em mim todos os dias. Não vou acreditar na felicidade aos quatro cantos, pois tão sem rumo essa mesma se perde nos pontos cardeais. Não estou interessado mais em teorias, quero me contentar somente com as coisas reais (e salve Belchior). Não creio no absurdo, no extremo, no luxo, no lixo e nem no final. Não creio no Lula, no Obama, na Dilma ou em um país melhor. Não caio nas conversas de quem tanto fala e tanto mostra o contrário do que diz. Não acredito em milagres. Não acredito em santos. Não acredito no karma, cabala, tarô e ciganos. Não acredito na vida após a morte, na vida que se faz de morte e nem mesmo na própria inevitável morte. Não acredito em concordâncias verbais, regras de português e bons costumes. Esses mesmos muitas vezes são utilizados para disfarçar a própria falta de caráter. Não acredito em Budha, Zeus, Jupiter ou Maçã. Não acredito em palestras educativas, seminários, auto-ajuda e Paulo Coelho. Ah, também não acredito em “pequenas empresas, grandes negócios”, histórias do Matarazzo ou ainda na saga de Alencar. Não acredito no rock, nas guitarras Fender, nos barulhos eletrônicos e nas músicas de louvor a Jah. Não acredito nem mesmo no que mais precisaria, por urgência, acreditar. Mas acredito, muito, em uma única coisa: na eternidade da photografia do teu rosto sorrindo para mim. Somos a realidade. Tu, eu e a química.