Quem sou eu

Minha foto
Comediante. Sou comediante e vivo todos os dias essa comédia que é a vida. Se a tua não está engraçada é porque não estás olhando pelo prisma certo. No fim das contas, por mais que tenhas responsabilidade, honra e valores, tudo vai ser resumir numa única sentença: "Se phodeu. Virou banquete de vermes." Não gostou? Te phode! Não pedi para gostar! ;)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Silvio Rodriguez - Ojala

Uma das belas canções do poeta cubano Silvio Rodriguez. Quem ainda não conhece confere lá no youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=u80ocuvZxmY



Ojalá
Ojalá que las hojas no te toquen el cuerpo cuando caigan
para que no las puedas convertir en cristal.
Ojalá que la lluvia deje de ser milagro que baja por tu cuerpo.
Ojalá que la luna pueda salir sin tí.
Ojalá que la tierra no te bese los pasos.


Ojalá se te acabé la mirada constante,
la palabra precisa, la sonrisa perfecta.
Ojalá pase algo que te borre de pronto:
una luz cegadora, un disparo de nieve.
Ojalá por lo menos que me lleve la muerte,
para no verte tanto, para no verte siempre
en todos los segundos, en todas las visiones:
ojalá que no pueda tocarte ni en canciones


Ojalá que la aurora no dé gritos que caigan en mi espalda.
Ojalá que tu nombre se le olvide a esa voz.
Ojalá las paredes no retengan tu ruido de camino cansado.
Ojalá que el deseo se vaya tras de tí,
a tu viejo gobierno de difuntos y flores.



Agora a tradução:

Tomara
Tomara que as folhas não toquem seu corpo quando caiam
Para que não as converta em cristal.
Tomara que a chuva deixe de ser um milagre que baixa pelo seu corpo
Tomara que a lua possa sair sem você.
Tomara que a terra não beije seus passos


Tomara que acabe o seu olhar constante
A palavra precisa, o sorriso perfeito.
Tomara que aconteça algo que te apague rapidamente
Uma luz que cega, um disparo de neve.
Tomara que pelo menos a morte me leve,
Para não te ver tanto, para não te ver sempre
Em todos os segundos, em todas as visões.
Tomara que eu não possa te tocar nem nas canções


Tomara que a aurora não dê gritos que caiam nas minhas costas.
Tomara que o seu nome não se esqueça dessa voz
Tomara que as paredes não retenham o ruído do caminho cansado
Tomara que o desejo se vá atrás de ti,
Para seu velho governo de defuntos e flores.