Contudo insiste aquele que sofre
Como se o ar não lhe pesasse tanto
Lava o rosto e esconde o pranto
E parte com um andar de morte
O rumo é a incerteza de quando
E “o quando” menos se espera nasce a flor
Que não escolhe jardim ou tampouco amor
Para alimentar o sonho de quem segue sonhando
É a doação a mulher que não existe mais
(E sabe-se lá se algum dia existiu)
Mas “aquele” segue procurando uma a uma
E assim vai o cotidiano de quem vira as ruas
A busca daquilo que nunca (sequer) viu
Girando assim perpetuamente a roda da fortuna